Já é inscrito no CSHS 2016?

 

Página Inicial

Sobre o Congresso

Comissões

Convidados

Programação

Inscrição

Cursos e Oficinas

Trabalhos

Grupos Temáticos

Ampliando Linguagens

Ato Público

Perguntas Frequentes

Sobre a Identidade Visual

Notícias do Evento

Local do Evento

Hospedagem

Fale Conosco
 


Grupos Temáticos

12/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 35 - Práticas de Cuidado e Operadores de Desinstitucionalização e de Recovery em Saúde Mental e entre Usuários de Drogas

11828 - OPERADORES DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO PARA PESSOAS COM SOFRIMENTO PSÍQUICO E/OU USO ABUSIVO DE DROGAS PERTENCENTES A GRUPOS VULNERÁVEIS NO INTERIOR DA BAHIA.
PATRICIA ANJOS LIMA DE CARVALHO - UESB, EDITE LAGO DA SILVA SENA - UESB, BÁRBARA SANTOS RIBEIRO - UESB, VANESSA THAMYRIS CARVALHO - UESB, MARINA COSTA SILVA REIS - UESB, SÂMIA DE CARLIRIS BARBOSA MALHADO - UESB, ANDRÉA DOS SANTOS SOUZA - UESB, CLÁUDIA BRITO DE OLIVEIRA LIMA - UESB, MÔNICA NUNES - UFBA


Apresentação/Introdução
No contexto da Reforma Psiquiátrica, ações desinstitucionalizadoras são disparadas a partir de modelos de atenção territorial, desenhados em rede de serviços que permitam superar o modelo manicomial (Barros; Bichaff, 2008; Toresini; Mezzina, 2010), mas só atingem seu fim, com a reintegração social das pessoas que sofrem transtornos psíquicos.
No Brasil, assim como na Bahia, a orientação territorial da política de saúde mental participou incontestavelmente da transformação dos modos de cuidar de pessoas com sofrimento psíquico e, mais recentemente, de pessoas em uso abusivo de álcool e outras drogas. Entretanto, observa-se uma lacuna na produção científica no que se refere a observação e avaliação dessas ações sobre a vida dessas pessoas e que identifiquem as dimensões desinstitucionalizadoras consideradas relevantes do seu ponto de vista, de seus familiares e do seu meio social.
Além disso, conhece-se pouco acerca dos desafios dessas ações na vida cotidiana (Velpry, 2008), das estratégias de enfrentamento às dificuldades de reinserção social e dos elementos que se associam a sucessos e a fracassos no processo de desinstitucionalização (Saraceno, 2010).



Objetivos
Analisar operadores de equidade social que mediam a materialização de processos de (des) institucionalização em diversas formas de expressão nas práticas concretas de pessoas com sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool e outras drogas.


Metodologia
Estudo etnográfico, aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, sob o parecer 1.064.610/2015, em desenvolvimento em regiões escolhidas em função da área de inserção de três universidades estaduais da Bahia. Neste resumo, apresentaremos resultados preliminares encontrados pela equipe pesquisadora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Os participantes são doze pessoas que já viveram, ao menos, uma hospitalização psiquiátrica e/ou internação em comunidade terapêutica na vida, sendo: todas solteiras, com idades entre trinta e cinquenta e dois anos; oito do sexo masculino e quatro do feminino; sete são usuárias de Centro de Atenção Psicossocial (Caps), duas frequentam ambulatórios e duas não frequentam nenhum serviço; nove foram entrevistadas no domicílio, duas no Caps e uma na rua onde reside.
As informações estão sendo obtidas por meio de observação participante e reconstruções aprofundadas de itinerários terapêuticos, histórias de vida e modos de fazer cotidiano.



Discussão e Resultados
A Análise de Conteúdo nos possibilitou estabelecer as seguintes categorias: Benefícios e Direitos sociais como operadores de equidade social; Desigualdades sociais como fator de adoecimento/sofrimento/comportamento desviante; Operadores de autonomia e empoderamento como promotores de saúde mental.
Resultados preliminares mostram que quanto maior o acesso aos benefícios sociais (moradia, transporte, medicação, alimentação), direitos sociais (minha casa, minha vida, bolsa família e passe livre) e participação em redes de apoio (igrejas e grupo de ajuda mútua), maior será a inclusão social, acesso a bens materiais e a relações de solidariedade.
Por outro lado, a ausência de práticas de geração de emprego e renda e/ou de concessão de benefícios sociais agudizam as diferenças produzidas pelos determinantes sociais de saúde e dificultam processos de inclusão social. A militância política; as práticas religiosas e espiritualistas; a gestão da vida cotidiana, dos espaços, dos medicamentos e das práticas familiares de proteção são vistas como estímulo à construção de formas alternativas para lidar com a alteridade, de autonomia e empoderamento.



Conclusões/Considerações Finais
O Processo de desinstitucionalização envolve práticas e significados produtores de desligamento, distanciamento e/ou ruptura com a experiência de manicomialização, seja o manicômio tomado como instituição ou como função. Para tanto, consideramos que as ações políticas devem estar voltadas à superação de dificuldades relacionadas à reinserção social da pessoa com sofrimento mental.
A experiência baiana tem destacado que a superação de problemas produzidos pelos determinantes sociais de saúde e que dificultam processos de inclusão social demanda uma política participativa que inclua pessoas com sofrimento psíquico, familiares, profissionais de saúde, gestores e a sociedade em geral.
Esse projeto de pesquisa tem a potencialidade de articular sujeitos chave e de produzir conhecimentos relevantes a serem incorporados como tecnologia social na busca de construir operadores de desinstitucionalização em nosso estado, respeitando suas particularidades subjetivas, institucionais e contextuais.


Realização:



Apoio:




Desenvolvido por Zanda Multimeios da Informação