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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 28 - Saúde Mental e Trabalho

11872 - PROCESSO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS E GESTORES DE SAÚDE PARA O ACESSO DO USUÁRIO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: O ENTRELAÇAMENTO ENTRE AS TECNOLOGIAS LEVES, LEVE-DURAS E DURAS
MARIANA DE OLIVEIRA ARAUJO - UNEB, MARIA ANGELA ALVES DO NASCIMENTO - UEFS, BIANCA DE OLIVEIRA ARAUJO - UEFS


Apresentação/Introdução
O trabalho em saúde se processa a partir da utilização de instrumentos que podem ser usados pelos profissionais. Podemos considerar que o trabalho em saúde apresenta uma atividade específica de assistência, que tem como objeto a produção do cuidado e se efetiva a partir de alguns instrumentos: equipamentos, o modo como o profissional de saúde se relaciona com o usuário, saberes e conhecimentos científicos utilizados de modo a satisfazer as necessidades apresentadas. As tecnologias envolvidas nesse processo podem ser classificadas como leves (tecnologias de relação, capazes de promover o acolhimento, vínculo e compromisso), tecnologias leve-duras (saberes estruturados, como a clínica médica, epidemiologia, entre outros) e tecnologias duras (equipamentos tecnológicos, máquinas, normas, estruturas organizacionais). A viabilização do acesso aos serviços de atenção básica, de média e alta complexidade poderá se concretizar a partir de ações efetivadas no encontro entre profissional de saúde e usuário, onde se entrelaçam as tecnologias de saúde para a resolubilidade das necessidades postas em questão.


Objetivos
Analisar o processo de trabalho dos profissionais e gestores da atenção básica, de média e alta complexidade para a viabilização do acesso aos serviços de média e alta complexidade.


Metodologia
Estudo qualitativo, realizado no ano de 2013 nas Unidades de Saúde da Família, Policlínicas e Hospitais públicos de Feira de Santana-Bahia. Os participantes do estudo foram constituídos de três grupos: profissionais de saúde (Grupo I), usuários (Grupo II) e gestores/ coordenadores dos serviços de saúde (Grupo III), totalizando 26 participantes. Utilizamos como técnicas de coleta de dados a entrevista semiestruturada e a observação sistemática. O método de análise de dados que utilizamos foi uma aproximação da Hermenêutica-Dialética por entendermos que o mesmo possibilita o encontro de duas perspectivas teóricas que ultrapassam a descrição e fortalecem a subjetividade dos participantes do estudo. Considerando a Resolução 466/ 2012 que trata de pesquisas com seres humanos, ressaltamos que o projeto de pesquisa deste estudo foi submetido e aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UEFS.


Discussão e Resultados
As ações realizadas pelos profissionais e gestores têm sido caracterizadas pelo compromisso, acolhimento, instituição do vínculo e a valorização da subjetividade dos usuários, apesar do modelo médico ou profissional centrado ainda estar presente em outros momentos. Alguns usuários entrevistados apresentaram em suas falas que as ações de alguns profissionais não têm sido acolhedoras, o que se constitui em uma dificuldade para a promoção desse acesso. Entretanto, durante a nossa coleta de dados o compromisso dos profissionais e gestores de saúde esteve presente nas falas de alguns entrevistados e pôde ser observado tanto na atenção básica quanto em serviços de média e alta complexidade. A fala de alguns entrevistados demonstra que a condução do usuário pelos níveis de assistência à saúde na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido facilitada pela existência de relatório de encaminhamento, guias e fichas de referência para as unidades às quais se destinam, pois permitem que o quadro clínico apresentado pelo indivíduo e os cuidados realizados na unidade de origem sejam de conhecimento do profissional de saúde que irá recebê-lo.


Conclusões/Considerações Finais
Compreendemos que dialeticamente as tecnologias leve, leve-dura e dura têm entremeado o processo de trabalho dos profissionais de saúde e gestores tanto da atenção básica, quanto de média e alta complexidade, em busca da promoção e garantia da efetivação do acesso dos usuários aos serviços de saúde. Nesse processo, acreditamos que ações que têm dificultado o acesso aos serviços de saúde devem ser repensadas e superadas, enquanto que aquelas que têm sido consideradas facilitadoras devem ser valorizadas. Além disso, consideramos que o comprometimento de transformar as práticas deverá estar permeado por um (re)(des)construir incessante dos sujeitos envolvidos – usuários, profissionais e gestores dos serviços de saúde – de modo a operacionalizar o acesso enquanto um direito de cidadania necessário para a concretização dos princípios preconizados pelo Sistema único de Saúde.


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