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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 8 - Cuidado e Adoecimentos de Longa Duração

11889 - AMBULATÓRIO DE ATENÇÃO PSICOLOGICA A PESSOAS QUE VIVEM COM CONDIÇÕES CRÔNICAS (APC/UFRB)
JEANE SASKYA CAMPOS TAVARES - UFRB, RAFAEL MAGALHÃES DE MELO - UFRB, ELIAS FERNANDES MASCARENHAS PEREIRA - UFRB, NATHALIA ANDRADE SUZARTE - UFRB


Período de Realização da experiência
Novembro de 2013 até o presente


Objeto da experiência
O adoecimento de longa duração pode ter múltiplas repercussões de difícil manejo para o doente, seus familiares e profissionais que os assistem. Além da sobrecarga de tarefas de cuidado, situações de dependência, a experiência de dor e alterações/desistência de projetos de vida contribuem para agravamento de transtornos psicológicos pré-existentes e desenvolvimento de outros associados à depressão e ansiedade, afetam a relação com equipe e adesão às recomendações dos profissionais, e a compreensão recíproca de prioridades dos envolvidos. Em contextos de pobreza, esta vulnerabilidade se agrava, sendo necessário suporte psicológico culturalmente sensível para seu enfrentamento


Objetivo(s)
Ofertar atendimento clínico psicológico, breve, focal e gratuito para pessoas que vivem com condições crônicas e seus familiares, cuidadores profissionais ou informais;
Contribuir para formação continuada da comunidade local, de graduandos de Psicologia e profissionais de saúde;
Produzir conhecimento teórico prático através da pesquisa clínica e documental com base na sobre a experiência de adoecimento crônico e de ser cuidador




Metodologia
O APC, programa de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, tem uma equipe permanente formada pela docente supervisora, estagiários e psicólogos extensionistas. Nas atividades clínicas e educativas adequamos as técnicas de abordagens reconhecidas da Psicologia à população. A prioridade é dada aos adultos de baixa renda e escolaridade, moradores da região do Recôncavo da Bahia, que vivam com condições crônicas incapacitantes, em fase terminal ou em tratamento de alto risco, cuidadores enlutados, pessoas com sintomas leves ou moderados de transtornos psicológicos que possam se beneficiar de atendimento ambulatorial ou grupo de treinamento. Após triagem, inicia-se atendimento clínico no Serviço de Psicologia da UFRB, em domicilio para pacientes com mobilidade reduzida ou em áreas externas para revivencia e exposição in vivo. Os cursos são solicitados por grupos comunitários e instituições que organizam em parceira conosco temas e estratégias de aprendizagem e logística


Resultados
Foram triadas 114 pessoas, 90 mulheres, 24 homens. Dentre estes 94 foram atendidos no APC e apresentaram quadros clínicos físicos e psicológicos potencialmente incapacitantes associados a Câncer, Doenças Autoimunes (destaque Artrite reumatoide e Lúpus), Cardiovasculares/obesidade, osteomusculares e articulares/ Dor Crônica, insuficiência renal crônica e perda de visão como complicações hipertensão arterial e diabetes. Atendemos, ainda, sobreviventes de eventos traumáticos (TEPT), pessoas que desenvolveram complicações no processo de luto, assim como seus familiares e cuidadores. Têm sido comuns Depressão e Transtornos de Ansiedade associados às crenças de incapacidade e impotência suscitadas pela experiência álgica, perda de funções, papéis sociais, projetos de vida e proximidade da morte. Produziram-se atividades educativas sobre voltadas para cuidadores e doação de órgãos, além de 30 trabalhos de conclusão de curso defendidos


Análise Crítica
Temos alcançado sucesso na atenção ambulatorial e domiciliar, materializado na diminuição de níveis de depressão e ansiedade, desenvolvimento de competências para autocuidado e melhor adesão aos tratamentos, temos estabelecido parcerias com Secretarias Saúde, grupos comunitários e serviços privados de saúde locais. Esta é uma iniciativa de destaque e pioneira na Região não apenas por sua gratuidade, mas principalmente por voltar-se para a temática das Condições Crônicas de Saúde e primar pela adequação cultural das teorias e técnicas psicológicas ao perfil epidemiológico e educacional da população assistida. No entanto, fatores como variação do número de terapeutas e educadores envolvidos a cada semestre (egressos retornam para suas cidades de origem e extensionistas não remunerados), a precariedade da rede de atenção a saúde na região e a fragilidade dos contratos de profissionais e gestores municipais tem sido entraves de difícil superação, que impedem a assistência integral


Conclusões e/ou Recomendações
Este trabalho responde ao desafio de propor novas estratégias de promoção de autocuidado, valorização de aspectos culturais, estabelecimento de relações de parceira e corresponsabilidade entre doentes, familiares e profissionais de saúde para resposta efetiva a estas condições. Contribuímos para redução do sofrimento da incapacitação permanente ou de longa duração; construção de intervenções clínicas e reabilitação psicossocial, individualizadas e flexíveis; formação de profissionais que desenvolvam práticas de cuidado continuado e inovador na atenção a pessoas que vivem com condições crônicas


Realização:



Apoio:




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