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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 13:30 - 16:30
GT 39 - Raça, Racismo, População Negra

11931 - FATORES ASSOCIADOS À VITALIDADE NO NASCIMENTO EM NEONATOS DE MÃES ADOLESCENTES PRECOCES
JOSIELSON COSTA DA SILVA - UFBA, CLIMENE LAURA DE CAMARGO - UFBA, RIDALVA DIAS MARTINS FELZEMBURGH - UFBA, SAMYLLA MAIRA COSTA SIQUEIRA - UFBA, VIVIANE SILVA DE JESUS - UFBA, LOUISE LISBOA DE OLIVEIRA VILLAS - UFBA


Apresentação/Introdução
Conforme dados emitidos pelo Ministério da Saúde, o Brasil encontra-se entre os dez países com o maior número de parto prematuro e este número tem ligação direta com a gravidez precoce na adolescência. A prevenção da maternidade precoce vem sendo discutida mundialmente. Isto porque a gestação de uma jovem pode alterar radicalmente seu presente e seu futuro, em consequência de vários fatores, como por exemplo: a educação formal geralmente interrompida, diminuindo as perspectivas de emprego, o que as torna mais vulneráveis à pobreza e exclusão social, possibilitando uma maior dependência econômica e psicológica. Atualmente, do total de partos realizados pelo SUS, aproximadamente 1% ocorrem em mulheres de 10 a 14 anos. Poucos são os estudos que abordam a gravidez na fase precoce da adolescência e suas complicações para com os recém-nascidos. Neste contexto, existe uma lacuna frente às adolescentes que veem engravidando entre os 10 e 14 anos, aumentando assim os riscos, tanto para a saúde materna quanto para a neonatal


Objetivos
Este estudo tem como objetivo geral analisar a associação entre os fatores relacionados à vitalidade no nascimento dos recém-nascidos de mães adolescentes precoces


Metodologia
Trata-se de um estudo epidemiológico, de corte transversal, desenvolvido a partir de dados secundários obtidos do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) no ano de 2012. Os sujeitos deste estudo foram os recém-nascidos de mães na fase precoce da adolescência (idade entre 10 e 14 anos), nascidos no período de janeiro a dezembro de 2012 no estado da Bahia. Todas as variáveis foram analisadas de acordo com seu padrão de normalidade, adotadas para recém-nascidos saudáveis. Foi adotado como desfecho do estudo o Apgar de 5 minutos categorizado em boa vitalidade no nascimento (Apgar>=7) ou vitalidade de nascimento insatisfatória (Apgar<7). Após processamento dos dados foi realizada uma análise bivariada, calculando a razão de prevalência (RP) e os seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Utilizou-se a regressão logística para realizar a análise multivariada. Optou-se pelo método de regressão stepwise backward


Discussão e Resultados
O resultado da análise multivariada para medir a associação das covariáveis com desfecho foi estimado pela Odds Ratio (OR). O estudo identificou que 156 (11,6%) dos recém-nascidos apresentaram o escore de Apgar inferior a sete no primeiro minuto de vida, enquanto que 1.188 (88,4%) se mostraram com Apgar superior ou igual a sete. 1252 (93,2%) das adolescentes em estudo foram declaradas negras. 3,5% dos partos ocorreram em adolescentes com idades extremas (10-12 anos), 74,1% das mães não possuíam companheiros. Ser primigesta (OR=2,03; IC:0,26-0,97) não manteve associação com o Apgar. A gravidez ser com feto único (OR=7,16; IC: 1,82-28,25) aumentou as chances de ter um Apgar satisfatório ao nascimento, sendo considerado fator de proteção. Em sentido oposto, ter realizado, durante a gestação, três consultas pré-natal ou menos (OR=0,41; IC: 0,22-0,77) reduziu as chances de apresentar um escore de Apgar ao quinto minuto satisfatório, sendo considerado fator de risco.


Conclusões/Considerações Finais
A gravidez na adolescência precoce traz importantes consequências para a vitalidade no nascimento em recém-nascidos e fomenta a formação de novos círculos familiares, muitas vezes vulneráveis para o desenvolvimento saudável do ser humano. A alimentação das bases de dados do Sistema de informação em Saúde é algo crucial e que deve ser mais bem trabalhado entre os profissionais da área. Os dados da pesquisa também poderão servir para subsidiar a criação de novas políticas de saúde voltadas para o processo assistencial no que tange ao cuidado materno-infantil.


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