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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 39 - Cuidado Materno-Infantil, Parentalidade, Saúde da Criança

11936 - A COMPREENSÃO DA MORTALIDADE INFANTIL NA REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA ENTRE OS ANOS DE 1998 A 2013: PRIMEIRO PASSO PARA SEU ENFRENTAMENTO
JULIANA GONZAGA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS, JOICE MARIA PACHECO ANTONIO FERNANDES - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS, GUILHERME ARANTES DE MELLO - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS, CAROLINA LUÍSA ALVES BARBIERI - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS


Apresentação/Introdução
A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), situada na área central do litoral do Estado de São Paulo, é uma das mais antigas áreas com ocupação urbana do Brasil com nove municípios: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá e Bertioga. Sua importância econômica destaca-se pela presença do maior porto brasileiro, do Polo Industrial de Cubatão e de investimentos da Petrobrás na Bacia de Santos. O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) é um importante indicador do desenvolvimento social e humano de uma determinada região a longo do tempo e faz parte do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). A longevidade ou expectativa de vida ao nascer está relacionada à prevenção da morte prematura e assistência de saúde adequada à população e é calculada a partir das taxas de mortalidade geral e infantil. A RMBS encontra-se entre alto e muito alto no ranking IDHM, englobando localidades com bons níveis de riqueza. É uma região estratégica e de grande importância socioeconômica no país, porém isso não se refletem em alguns nos indicadores sociais, pois está entre os piores índices de mortalidade infantil no Estado de São Paulo.


Objetivos
Para enfrentamento deste desafio de saúde pública, faz-se necessário a compreensão da tendência e características do CMI na RMBS. Desta forma, neste estudo teve o objetivo geral de analisar a série histórica da mortalidade infantil na Região Metropolitana da Baixada Santista entre os anos de 1998 a 2013 em comparação com o Estado de São Paulo e do Brasil. Entre os objetivos específicos se propôs caracterizar o perfil sócio demográfico e a tendência das causas de morte evitáveis ao longo desses quinze anos na RMBS.


Metodologia
Estudo ecológico descritivo, exploratório, sobre a série histórica da mortalidade infantil na RMBS, no período de 1998 a 2013, a partir dos dados dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM), Nascidos Vivos (SINASC), do Ministério da Saúde (DATASUS). O perfil sócio demográfico estudado incluiu: idade da criança por ocasião do óbito, sexo, cor, idade gestacional, idade e escolaridade maternas, local do óbito, tipo de parto e peso ao nascer. As causas básicas de morte foram baseadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 10ª Revisão (CID-10). Para analisar as causas evitáveis, foi utilizado o critério estabelecido pela Fundação SEADE de CMI que mede o risco de morte para crianças menores de um ano de um dado local e período, conforme idade do óbito: CMI neonatal precoce (0 a 6 dias de vida), CMI neonatal tardio (7 a 27 dias de vida) e CMI pós-neonatal (28 a 365 dias de vida).


Discussão e Resultados
O CMI da RMBS entre os anos de 1998 e 2013 variou de 24,19 a 15,15 com média de 18,99 nos 15 anos e tendência decrescente. Este índice sempre esteve acima do CMI do Estado de São Paulo, que teve média de 14,27 (11,54 – 19,84) e do Brasil com média de 17,17 (13,42 - 22,77) no mesmo período. Da média total, 46,27% corresponde ao CMI neonatal precoce, 22,28% ao CMI neonatal tardio e 31,45% ao CMI pós-neonatal. Prevaleceu crianças de sexo masculino, cor branca, nascidos no hospital. Demais variáveis apresentaram alto índice de “ignorado”. Em relação às causas de morte (em média nos 15 anos), no CMI neonatal precoce 58,56% foram consideradas evitáveis (das quais 23,65% relacionadas à gestação, 24,42% ao parto e 51,21% por falha no diagnóstico e tratamento precoce); no CMI neonatal tardio, 67,53% eram evitáveis (das quais 9,69% relacionada à gestação, 9,21% ao parto e 79,40% por falha no diagnóstico e tratamento precoce); e no CMI pós-neonatal, 67,64% foram consideradas evitáveis (das quais 0,4% pela não vacinação, 2,45% pela gestação, 3,35% relacionada ao parto, 74,46% por falha no diagnóstico e tratamento precoce e 19,32% por causas envolvendo outros setores).


Conclusões/Considerações Finais
Os resultados deste estudo ajudaram no entendimento inicial de como evoluiu a mortalidade infantil na RMBS em 15 anos. Apesar da mortalidade infantil apresentar tendência de queda no período em estudo, ainda está num patamar elevado e acima do Estado e do país. A classificação dos óbitos infantis como evitáveis direciona o olhar nas falhas do serviço de saúde, com especial atenção à assistência materno-infantil desde o pré-natal, até o parto e pós-parto. O pré-natal tem sua porta de entrada e seguimento na atenção primária e propõe assegurar um desenvolvimento adequado, sem impacto no ciclo gravídico puerperal de maneira a garantir o binômio mãe-recém-nascido saudável. Dessa maneira, ações para reduzirem esses indicadores devem ser encorajadas. Este estudo é um recorte de um projeto maior que visa contribuir para aprimoramento e efetividade da Rede Cegonha na RMBS.


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