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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 17 - Itinerários Terapêuticos nos Diferentes Sistemas de Cuidado e Redes de Apoio

11959 - ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA
SAMYLLA MAIRA COSTA SIQUEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, VIVIANE SILVA DE JESUS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, JOSIELSON COSTA DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, MARIA CAROLINA ORTIZ WHITAKER - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, RIDALVA DIAS MARTINS FELZEMBURGH - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, CLIMENE LAURA DE CAMARGO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA


Apresentação/Introdução
O Itinerário Terapêutico (IT) compreende o conjunto de práticas e estratégias de cuidado adotadas pelo indivíduo e/ou sua família quando da existência de um agravo à saúde
– com o intuito assegurar o tratamento e garantir o restabelecimento da higidez – ou quando se deseja melhorar sua condição, englobando a motivação que direciona estes indivíduos na prática ou na busca por cuidados terapêuticos para satisfação de suas necessidades de saúde, sendo esta diretamente associada ao contexto sociocultural e à disponibilidade de recursos.


Objetivos
Conhecer os IT em situações de urgência e emergência pediátricas adotados por uma comunidade quilombola.


Metodologia
Pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, que teve como suporte teórico a Teoria Transcultural do Cuidado de Madeleine Leininger. O estudo foi desenvolvido na comunidade quilombola de Praia Grande, localizada na Ilha de Maré, em Salvador-BA, com doze mães de crianças para as quais já prestaram alguma assistência em situação de urgência/emergência. Os dados foram coletados de dezembro/2013 a junho/2014 por meio de entrevista semiestruturada, após aprovação da pesquisa pelo comitê de ética da Universidade Federal da Bahia, sob o protocolo nº 420.096. Para tratamento dos dados foi utilizada a técnica de análise temática de Bardin, que deu origem às seguintes categorias: 1) Percepções de urgência e emergência pediátrica entre quilombolas; 2) Itinerário terapêutico em situações de urgência e emergência pediátrica; e 3) Funcionamento das ambulanchas na comunidade quilombola de Praia Grande.


Discussão e Resultados
Categoria 1: As percepções acerca das situações de urgência/emergência pediátrica são plurais e abarcam fatores biológicos e problemas relacionados ao contexto social e geográfico da comunidade. Categoria 2: O IT teve início no subsistema popular, a partir dos cuidados prestados pela família e a rede de suporte social inerente a este subsistema, com recursos da vida diária, como chás, remédios caseiros, banhos, automedicação e massagens. A passagem pelo subsistema profissional ocorreu após tentativas de cuidado no subsistema popular e se revelou como uma peregrinação pelas instituições de saúde, caracterizando a dificuldade de acesso dos quilombolas aos serviços do sistema formal, inclusive à atenção primária, o único nível de atenção disponível na comunidade. Categoria 3: Os resultados apontam para o desconhecimento acerca do mecanismo de acionamento das ambulanchas ou da sua existência, além de aspectos que interferem no seu funcionamento, os quais: falta de resposta aos chamados feitos pelos quilombolas, demora da ambulancha para chegar à ilha, existência de protocolos na solicitação, existência de trotes para o SAMU e descrédito da população no serviço.


Conclusões/Considerações Finais
Ficou evidenciado que a atenção primária não funciona como porta de entrada do SUS naquela comunidade no que se refere às situações de urgência/emergência e também que o serviço de ambulanchas não é efetivo, demonstrando desvirtuação do seu propósito e consequente descrédito da população. Com este estudo, permitimos que as mães compartilhassem suas experiências e expressassem as dificuldades enfrentadas no acesso aos serviços de saúde do subsistema formal, o que serviu de diagnóstico das fragilidades e insuficiência deste subsistema. Com isso, alertamos para a necessidade de elaboração de políticas públicas que garantam à comunidade quilombola de Praia Grande o acesso integral aos serviços ofertados pelo sistema formal, possibilitando o alcance do cuidado congruente referido por Leininger.


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