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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 18 - Direitos Humanos em Ação na Saúde

11982 - ADOLESCER NO TERRITÓRIO: DESIGUALDADES E VULNERABILIDIADES NA PROMOÇÃO DO DIREITO À SAÚDE
AILTON DE SOUZA - UFTM, ROSIMÁR ALVES QUERINO - UFTM, MARIA CAROLINA BIZINOTO CAETANO - UFTM, OTÁVIO LOYOLA MARTINS - UFTM, ANA ANGELINA AMATÂNGELO OLIVEIRA - UFTM, ANA CAROLINA GRANER ARAÚJO OLIVEIRA - UFTM, MELLANY VIEIRA BITTENCOURT - UFTM, TALITA CRISTINA GRIZOLIO - UFTM, VERIDIANE GONÇALVES BRAGA - UFTM, LUCIANA TRAJANO DA SILVA - UFTM, ANA ELISA CRISPIM - UFTM, NATÁLIA DE TOLEDO CADORE - UFTM, FERNANDA SOUSA BASTOS DE MORAES - UFTM, LETÍCIA CAROLINA BUSCARATTI - UFTM, MARIA CAROLLINA VIEIRA CARDOSO - UFTM, MARIA LOPES SANTOS - UFTM


Apresentação/Introdução
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), é desenvolvido nos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS). No tocante aos adolescentes, se concretiza por meio do ProJovem Adolescente, cujo público alvo é dos 15 aos 17 anos. São realizadas atividades e oficinas de esportes, música, artesanatos e discussões temáticas sobre a realidade vivenciada. O serviço é destinado principalmente à adolescentes em situação de vulnerabilidade individual e social, a fim de favorecer a participação cidadã e o desenvolvimento de potencialidades e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Logo, o objetivo não corresponde a ações educativas complementares às escolares, mas sim sociais com vista à apropriação dos direitos dos adolescentes.
A efetivação dos Direitos Fundamentais nesses territórios de vulnerabilidade exige que os adolescentes contem com equipamentos de uso coletivo. E ainda, projetos voltados ao acolhimento, proteção e promoção de suas potencialidades.


Objetivos
Diagnosticar e analisar o perfil dos/das adolescentes dos Coletivos ProJovem e sua relação com os determinantes sociais de saúde nos territórios. Ao mesmo tempo, avaliar o modo como as diferentes dimensões de vulnerabilidades influem no processo saúde-doença dos/das adolescentes.


Metodologia
O presente estudo contou com a participação de 77 adolescentes frequentadores do ProJovem Adolescente dos 8 CRAS de Uberaba, MG, envolvidos em atividades de extensão e pesquisa.
Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário com questões a respeito de escolaridade, família, religião, participação política, sociabilidades, acesso a informações dentre outras. Além de outros métodos, como grupos focais, autobiografias e o photovoice. A coleta de dados ocorreu em 2015 após a apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) aos adolescentes e a devolutiva destes com as autorizações dos pais ou responsáveis. A análise dos dados foi feita pelo cruzamento das variáveis contidas nos questionários, seguida de análise qualitativa a partir das categorias analíticas.


Discussão e Resultados
Os resultados demonstram que 84% dos adolescentes têm o Ensino Fundamental 2 incompleto (5º ao 9º ano), sendo a maioria, entre 11 e 17 anos. Em se tratando dos CRAS estudados a maioria dos adolescentes tem idade entre 12 e 14 anos (n= 58; 75%), no Ensino Fundamental.
Verificamos que 39% das mães ocupam o posto de chefes de família e que 30% têm o Ensino Médio incompleto; 35% dos pais estão como chefes de família e 29% possuem Ensino Fundamental incompleto. A escola e a maior escolaridade das mães e pais podem desempenhar papel protetivo em territórios de vulnerabilidades.
As atividades mais realizadas pelas escolas e citadas pelos adolescentes são relacionadas a filmes (80%), festas (97%) e cultura (71%). Estas ações ampliam a concepção de escola e criam vínculos positivos com os adolescentes o que promove a sua permanência no ambiente escolar.
Os dados indicam o espaço público como lugar de sociabilidade: pistas de skate (32%); praças (17%). Frequência a projetos sociais 24%, aqui incluem as atividades do ProJovem: visitas, passeios, práticas esportivas, palestras. E a escola aparece em 7% como espaço de sociabilidade nos territórios.


Conclusões/Considerações Finais
Ao ampliar a oferta de atividades a escola influencia no desenvolvimento de sociabilidades entre os adolescentes e pode representar um papel de referência segura por parte dos professores e demais profissionais.
Em uma concepção ampliada a escola passa a promover saúde quando se constitui como fator de proteção territorial. A participação comunitária nas ações realizadas amplia a organização e pode amenizar os fatores de risco e estimular o desenvolvimento de habilidades sociais.
Os determinantes sociais de saúde nos territórios desvelam as expressões das vulnerabilidades individual, social e programática no cotidiano dos adolescentes. Estas influem nas formas de sociabilidade e muitas vezes permeadas pelas relações de violência.
As percepções dos adolescentes são de extrema importância para a construção e avaliação das políticas sociais, bem como a constituição de programas de promoção da saúde.


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