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10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 35 - Práticas de Cuidado, Promoção da Saúde e Formação em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas

11999 - MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL NA ESF COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
RODRIGO OLIVEIRA DE CARVALHO DA SILVA - UFF, ÂNDREA CARDOSO DE SOUZA - UFF, ALICE MEDEIROS LIMA - UFF


Apresentação/Introdução
Os transtornos mentais constituem um grave problema de saúde a nível mundial e afetam pessoas de todas as idades, culturas e níveis socioeconômicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o impacto dos problemas de saúde mental e admite a impossibilidade do seu cuidado ficar a cargo exclusivo de profissionais e serviços especializados. A transformação da assistência psiquiátrica se propõe a desconstruir os saberes fundantes da psiquiatria, apoiando-se no contexto da própria Reforma Sanitária brasileira e do desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A atenção à saúde no Brasil é fundamentada no fortalecimento da Atenção Básica como representação da Universalidade defendida como princípio doutrinário do SUS, sendo o responsável pelo primeiro acesso aos serviços de saúde, inclusive as demandas em Saúde Mental. Sob o prisma da estruturação da Atenção Básica, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) se coloca como um dispositivo possível para promover novos modos de relacionamento com os transtornos mentais.




Objetivos
Mapear como é realizado o matriciamento em Saúde Mental junto às equipes de Saúde da Família;
Identificar elementos/estratégias presentes no matriciamento que a equipe atribui como sendo de Educação Permanente.



Metodologia
Estudo do tipo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa. Os cenários deste estudo foram dois Centros Municipais de Saúde (CMS) de um grande município do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes da pesquisa foram profissionais das equipes de saúde da família vinculados e atuantes na Estratégia.
O critério de inclusão foi ter no mínimo um ano de experiência nesta lógica assistencial. O critério de exclusão adotado foi a atuação em cargo de coordenação de equipe. Os dados foram coletados por meio de entrevista
semiestruturada. O material foi analisado com foco na análise temática de Bardin.



Discussão e Resultados
Apesar dos profissionais considerarem a importância da atenção em saúde mental na esfera da Atenção Básica, os mesmos alegam não se sentirem preparados para este tipo de cuidado. Demonstram inclusive seus desconforto frente ao adoecimento psíquico. Em relação ao apoio matricial, relatam que este é feito pelo NASF e outros mencionam não conhecer essa ferramenta de Educação Permanente. Na horizontalização decorrente do processo de matriciamento, o sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equipes: equipe de referência e equipe de apoio matricial.
Os recursos de educação permanente e a compreensão como ferramenta de trabalho é duramente ignorada, por grande parte dos participantes. O estímulo institucional também é ausente, fragilizando a aproximação com estas possibilidades que potencialmente enriqueceriam o processo de trabalho.
Em saúde mental, o matriciamento é considerado ferramenta essencial na organização de uma rede estruturada de serviços desde a Atenção Primária. As propostas de instrumentos e intervenções para o manejo dos casos de sofrimento psíquico são fundamentais na prevenção dos agravos e promoção da Saúde para o indivíduo e sua família.




Conclusões/Considerações Finais
Apesar do apoio matricial se constituir numa estratégia para a inclusão da saúde mental na Atenção Básica, juntamente com a inclusão dos dados da saúde mental no Sistema de Informação da Atenção Básica e da formação desde o ano de 2006, a adoção do mesmo pelas equipes como estratégia de gestão do cuidado ou de educação permanente não tem encontrado adesão completa nos serviços de Atenção Psicossocial.
Entender o matriciamento como ferramenta de educação permanente é um obstáculo ainda maior, pois promove a reflexão e crítica sobre as práticas desenvolvidas pelos profissionais e o afastamento dos princípios doutrinários do SUS de equidade e integralidade.


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