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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 12 - Contribuições da Análise Institucional no Ensino

12002 - A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A VIOLÊNCIA NO ÂMBITO DO TERRITÓRIO DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS PROFISSIONAIS
RAPHAEL SAMPAIO DOS SANTOS - SMSRJ, ANA CLEMENTINA VIEIRA DE ALMEIDA - UFF, KATERINE GONÇALVES MORAES - UFRJ, LUCIA CARDOSO MOURÃO - UFF


Apresentação/Introdução
Observa-se um processo de transformação nos modelos assistenciais, onde se tem buscado novas formas de produzir saúde, destacando-se como política para a mudança na organização e nos modos de cuidar, a Estratégia de Saúde da Família (ESF). As unidades de ESF, presentes em todo país, podem estar localizadas em territórios com alto grau de vulnerabilidade social, expostas à violência urbana, o que pode levar a dificuldades de acesso de profissionais e usuários e a continuidade do cuidado às famílias. A fim de manter a oferta dos serviços e lidar com a insegurança dos servidores e usuários, a Secretaria Municipal de Saúde/Rio de Janeiro, vêm desenvolvendo desde 2013 um trabalho de proteção do acesso, denominado “Acesso Seguro”. Procura-se com esta medida minimizar o impacto da violência no cotidiano, oferecendo complementação a pouca discussão sobre estas questões nas organizações de ensino em saúde. Nesse sentido, pretende-se com este trabalho analisar o efeito do dispositivo “Acesso mais seguro” na problematização das questões relacionadas à violência no território, como forma de promover debates coletivos e ampliar a qualidade dos cuidados oferecidos pelos profissionais de saúde.


Objetivos
Analisar as competências e habilidades adquiridas na formação dos profissionais de saúde que atuam na ESF localizada em território violento. Identificar a compreensão dos profissionais de saúde sobre a produção social e o esquadrinhamento da violência em territórios urbanos. Investigar as percepções dos profissionais de saúde sobre suas capacidades para atuar em áreas de risco social. Tem como propósito e produto discutir as lacunas que existem em seus processos formativos em relação a situação vivenciada e propor medidas que venham minimizar as questões que emergirem da pesquisa realizada.


Metodologia
Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, realizado de 2015 a 2017 utilizando o referencial teórico metodológico da Análise Institucional (AI) em sua vertente socioclínica institucional. Escolheu-se esta metodologia pela possibilidade de promover um processo crítico-reflexivo no coletivo de trabalhadores da ESF. O cenário será uma ESF/RJ, constituída de sete equipes que acompanham em média 4000 usuários cada. Os sujeitos serão os profissionais de saúde que desejarem participar. Destaca-se que serão atendidas as diretrizes e normas regulamentadoras da resolução nº 466/2012. A coleta de dados acontecerá por meio de entrevistas, encontros nos moldes da socioclinica institucional, e diário do pesquisador. Os resultados serão apresentados a partir das características da socioclínica institucional mais evidentes. A discussão acontecerá a partir dos analisadores emergentes dos não ditos e contradições observadas nas falas dos sujeitos, utilizando-se os conceitos da Análise Institucional.


Discussão e Resultados
Os resultados e discussão vão se basear nos pressupostos da AI e da socioclínica institucional. A AI nasceu da articulação entre intervenção e pesquisa, entre teoria e prática e nesse sentido, tem por objetivo compreender uma determinada realidade social e organizacional, a partir dos discursos e práticas dos sujeitos. Neste estudo, esta prática é permeada por problemas como: alta rotatividade dos profissionais; medo e insegurança trazendo um grande desgaste emocional; queixa de que o profissional não é preparado na sua formação para atuar em contextos de alta periculosidade; insegurança e necessidade de conviver com as normas do Acesso Seguro. Com base no exposto, espera-se como resultados, analisar coletivamente as implicações e ou sobreimplicações que permeiam as práticas dos sujeitos e do próprio pesquisador; de que maneira os contextos e as interferências institucionais atuam como fatores potencializadores ou limitantes desta prática profissional; quais novos conhecimentos poderão ser observados no contexto durante a realização da pesquisa; que analisadores vão emergir e fazer as instituições saúde e educação falar.


Conclusões/Considerações Finais
Por meio de buscas nas bases de dados percebe-se a falta de estudos sobre o tema em foco. Os trabalhos encontrados em sua grande maioria referem-se a aspectos da violência direcionada a grupos específicos como: de gênero, ciclo de vida e a própria violência urbana em si. Há, portanto, uma escassez de estudos que abordem o impacto da violência no processo de trabalho em saúde e suas influências nas práticas profissionais, bem como a necessidade de inclusão desse tema na formação dos profissionais de saúde. Nesse sentido, a proposta desse estudo reflete uma necessidade de ampliar os conhecimentos sobre a temática, tendo como base a realidade vivenciada cotidianamente na referida unidade de saúde. Destaca-se a potencialidade da análise institucional em sua vertente socioclínica em pesquisar e intervir, promovendo reflexões nos sujeitos inseridos nesse contexto de violência.


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