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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 23 - Inovações em Saúde - Invetividades nas Práticas de Produção em Saúde

12020 - ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE MENTAL A PARTIR DA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO: PERCEPÇÕES PROFISSIONAIS
PRISCILA CORREA DA LUZ - UNEMAT, JOSUÉ SOUZA GLERIANO - UNEMAT


Apresentação/Introdução
A Atenção Primária à Saúde (APS) pressupõe um conjunto de ações individuais e coletivas constituindo-se em uma das principais portas de entrada para o sistema de saúde (CAMPOS, 2010). Está centrada na família, na participação ativa da comunidade e dos profissionais responsáveis pelo cuidado, além de, possuir uma organização do serviço fundamental para que a equipe possa avançar tanto na integralidade da atenção quanto na melhoria do bem-estar e, do próprio trabalho (BRASIL, 2012). O processo de trabalho entendido como um conjunto de saberes, instrumentos e meios na saúde da família intenciona a realização de processos relacionais nas práticas de intervenção interdisciplinar (SANTOS, 2010). Um dos traços fundamentais da APS é a perspectiva da ação integral e a Saúde da Família (SF) inclui importantes congruências programáticas com a Reforma Psiquiátrica (SOUZA, et. al. 2012). Infere-se que a organização do processo do trabalho está intimamente atrelada à efetiva integralidade da assistência à pessoa com transtorno mental.


Objetivos
Objetivou identificar, na organização do processo de trabalho, como a atenção integral à saúde mental se apresenta através da percepção de profissionais vinculados a uma Unidade de Saúde da Família


Metodologia
Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva (CEP/UNEMAT parecer nº 1.385.829) realizada em uma unidade de saúde de um município da região médio norte de Mato Grosso no primeiro semestre de 2016. A pesquisa foi aplicada sobre o método de grupo focal a todos os profissionais de uma equipe mínima da SF. A coleta de dados aconteceu através de um instrumento validado pelo Ministério da Saúde (PMAQ) nas dimensões de Organização do Processo de Trabalho e Atenção Integral. Os participantes consideraram que o ponto 0 (zero) indicava o não cumprimento ao padrão, o ponto 10 a total adequação e os intervalos entre 0 e 10 os graus de conformidade/atendimento da situação. Todo o processo de aplicação do instrumento foi registrado por um gravador, justificou-se a necessidade para captar as entrelinhas que o instrumento não conseguiria registrar. A análise do discurso foi empregada para criação dos núcleos de sentido.


Discussão e Resultados
A Organização do Processo de Trabalho na unidade foi classificada como regular sinalizada pela mudança no processo de territorialização; alta rotatividade de profissionais; ausência de comunicação regular da equipe; inexistência de serviços de contra-referência; visitas domiciliárias apenas para grupos de risco; carência de monitoramento e avaliação das ações realizadas. Em específico, para a organização do processo de trabalho e a atenção integral na saúde mental, os profissionais apontaram como insatisfatória justificando, pela forma de encaminhamento direto ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) sem co-responsabilização e não acompanhamento por parte da unidade e a ação, única, de medicalização dos sintomas. Percebe-se nas falas que a unidade tem na sua ação direta não resolver as demandas e, sim executar a função de encaminhamento sendo sua atribuição apenas à porta da medicalização dos sintomas. Ação, como apontado pelos profissionais, de fracos encontros e capacitações para atender a essa demanda e, ausência de monitoramento por parte da rede de atenção à saúde nas atividades que esse usuário percorre.


Conclusões/Considerações Finais
O processo de trabalho esperado na reforma psiquiátrica requereu um atendimento prioritariamente em seu território e de forma integral capaz de respeitar/preservar os seus laços sociais já constituídos. A estruturação da rede de atenção não tem conseguido estabelecer diálogos e, a ação tem sido de encaminhamentos para os serviços ambulatoriais de densidade tecnológica superior, sendo a medicalização como um subterfúgio. A saúde mental é um gargalo da saúde pública, marcado por fortes resquícios do paradigma flexneriano, que até hoje não conseguiu a sua efetividade nas ações de articulação dos serviços de saúde com a atenção primária, como apontado na pesquisa. Deve-se estimular uma efetiva comunicação entre o CAPS e as equipes de SF a fim de, garantir uma maior qualidade e rapidez no atendimento das demandas de saúde mental operacionalizando nesses espaços construção coletiva do conhecimento e construção de estudos de caso capaz de fomentar, in loco, o aprimoramento profissional.


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