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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 34 - Injustiças e Impactos do Agronegócio na Saúde, Trabalho e Ambiente

12064 - IMPACTOS DO AGRONEGÓCIO: UM TEMA A SER CONHECIDO E DEBATIDO
ELISAMA DIAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, MARGIO CEZAR LOSS KLOCK - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


Apresentação/Introdução
“Nesse momento estou comendo “salgadinho” que trás estampado em sua embalagem o símbolo do transgênico, talvez essa não seja a alimentação adequada já que seus ingredientes são muito prejudiciais à saúde. Porém não tem problema também estou saboreando uma deliciosa mexerica. Mas será que no atual cenário agrícola do Brasil, ela pode representar uma alimentação saudável”? Grande parte da população brasileira ao comprar seus alimentos desconhece completamente o mercado lucrativo e criminoso que se desenrola por trás dessas produções.
Apesar de a alimentação adequada e saudável ser um direito garantido na Constituição Federal de 1988, dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) mostram que “um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos”. A partir do ano de 2008 o Brasil superou os Estados Unidos, passando a ser o maior consumidor de agrotóxico do mundo.
A violência cometida contra as comunidades do campo, floresta e água, tem aumentado muito nos últimos anos, sendo o agronegócio interessado em aumentar suas áreas de plantio e criação de gado um dos grandes responsáveis por isso.



Objetivos
Sendo assim, este artigo objetiva reunir em um só lugar relatos de violações contra camponeses e comunidades tradicionais, bem como o numero de mortes no campo em 2015, informar alguns projetos de leis que tramitam ou já foram aprovadas no congresso que visam o fortalecimento do agronegócio, analisar as informações científicas no que diz respeito ao adoecimento pelo consumo de alimentos contaminados por agrotóxicos e apresentar uma experiência pratica de agricultura orgânica.


Metodologia
O resumo consiste em duas etapas, a primeira de revisão bibliográfica e a outra de experiência prática em uma visita técnica. Os relatos de violações contra camponeses e comunidades tradicionais, dados referentes ao numero de mortes no campo em 2015 e as informações científicas sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde foram copilados do caderno de Conflitos no Campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e de artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). As leis que tramitam no Congresso foram retiradas da página do governo. E por fim, o artigo trás a experiência de agricultura orgânica do Assentamento Contestado no município da Lapa no Paraná.


Discussão e Resultados
O ano de 2015 se mostrou o mais violento desde 2004, resultando na morte de 50 camponeses, os maiores casos registrados na Amazônia Legal.
O agronegócio tem se constituído um setor intocável da sociedade, a bancada ruralista no congresso nacional é um das mais fortes, que propõe projetos cada vez mais audaciosos.
PEC 215 transfere do Executivo para o Legislativo a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação.
PL 3200/15 substitui o termo “agrotóxico” por produtos fitossanitários.
PL 4148/08 “acaba com a exigência do símbolo da transgenia nos rótulos dos produtos com organismos geneticamente modificados”
Os danos a saúde causado pelo uso e consumo dos “produtos fitossanitários” são imensos, pesquisas realizadas na Fundação Oswaldo Cruz, apontaram que eles podem causar alterações hormonais e reprodutivas, danos hepáticos e renais, disfunções imunológicas, distúrbios cognitivos, cânceres, dentre outros”
O Assentamento Contestado no Paraná ocupado em 1999, travou uma grande luta na recuperação do solo que por 40 anos foi castigado pelo uso dos agrotóxicos, mas que hoje tem o orgulho de produzir e comercializar produtos orgânicos de qualidade.



Conclusões/Considerações Finais
A histórica concentração de terra iniciada com as capitanias hereditárias persiste até nos dias atuais, onde o Brasil amarga a segunda colocação no índice de países com maiores concentrações fundiária. Neste cenário os movimentos sociais do campo, floresta e água, lutam contra a expansão do agronegócio que além de causar grandes impactos ao meio ambiente, contribui para o aumento de doenças relacionadas ao uso e consumo dos agrotóxicos.
Romper com esse modelo de produção não é tão simples, mas práticas como a do Assentamento Contestado, demonstram os caminhos para uma nova agricultura, rompendo com o modelo atual que tem tornado o campo brasileiro em um grande produtor de commodities.


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