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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 9 - Práticas Integrativas de Saúde, Promoção e Modo de Vida Saudável

12069 - O BRINCAR NA TERCEIRA IDADE E AS PRÁTICAS CORPORAIS EXPRESSIVAS – POSSIBILIDADES DE UM PROCESSO DE NOVOS MODOS DE SER E DE ESTAR NO MUNDO
SHEILA DE SOUSA LEANDRO - NCI E CAPS IJ CAPELA DO SOCORRO


Período de Realização da experiência
Janeiro de 2014 até o momento presente. Encontros semanais com duas horas de duração.


Objeto da experiência
Grupo do Núcleo de Convivência ao Idoso (SP), composto por mulheres, acima de 60 anos de idade, com autonomia para ir e vir. A quantidade de participantes varia de 20 a 30 pessoas por encontro.


Objetivo(s)
Propor um espaço voltado para a população idosa, que seja disparador e potencializador de processos criativos e de novos devir. Por meio da oficina “Expressão e Movimento”, pretende-se apresentar a potencia que existe nos encontros e o quanto propostas acerca do brincar / do lúdico, de atividades expressivas / artísticas / culturais podem promover saúde, assim como novos modos de ser e de estar no mundo.


Metodologia
As pistas do Método Cartográfico, que narra a operação de extração de experiências minoritárias, acompanha processos, intervém na realidade e monta dispositivos, faz muito sentido neste trabalho, pois o interesse é quanto ao modo de dizer que expresse/inspire processos de mudança, narrando o ‘como foi feito’(na prática) ao invés do ‘como fazer’(nas normas). Portanto, a Cartografia parece ser a forma mais legítima de relacionar a vivencia pratica, com a escrita epistemológica. Como método de pesquisa-intervenção, propõe um trajeto em que não existe separação entre conhecer e fazer, pesquisar e intervir, visto que, a intervenção se realiza na experiência que agencia o sujeito e objeto, teoria e prática, o plano de experiência. O sentido da cartografia, conforme Kastrup et al (2009) se dá através da implicação em processos de produção, conexão de redes e rizomas e na produção do acompanhamento de percursos. E é essa forma de fazer pesquisa que inquieta e motiva a pesquisadora.


Resultados
Como a experiência ainda encontra-se em percurso, o que se pode observar até o presente momento é o quanto um espaço de experimentações, possibilita o acesso, mantem e/ou amplia as referências e identidades do idoso, assim como fomenta espaços de inclusão social, fortalecimento relacional e o não isolamento. Diante da interação no/com o grupo, por meio da vivencia/experiência artística-cultural, nota-se que, quando executam algo que faz sentido e que possibilita o ressignificar no modo de existir, as participantes parecem dar sustentação a novos diálogos e trocas. Com isso, pode-se perceber que, ao provocar e/ou facilitar o processo grupal, onde se sintam acolhidas e pertencentes, as mulheres podem romper ou ressignificar o lugar da estereotipia e desvalorização, muitas vezes assumido por um significante número de idosos.


Análise Crítica
O conceito de velhice na sociedade ocidental esta associado à qualidade do que é velho, de forma pejorativa, como sinônimo de quem pouco ou nada produz. Guattari (2004) reflete acerca do enfrentamento e combate do adoecimento vivido na contemporaneidade e coloca a necessidade de reinvenção da relação com o corpo, com a doença, com a construção ou renovação do laço social, com a morte, assim como a necessidade de lidar com o sofrimento, de se relacionar com a alteridade, de criar sentidos, trocar experiências, cooperar, experimentar o corpo, organizar o cotidiano, possibilitar e valorizar a formação de redes de sociabilidade. As instituições levam em consideração o desejo do idoso? Toda a pessoa que envelhece esta predestinada a ‘tricotar’? Não seria o idoso capaz de criar, de se expressar de acordo com a sua subjetividade, do que fez e faz sentido em sua vida? O idoso só pode ser representado através do passado? E o presente na vida do idoso? O futuro existe? O futuro re-existe...


Conclusões e/ou Recomendações
O brincar de forma livre e espontânea permite que o ser se expresse em sua essência. As considerações sem finais ressalta a importância em estabelecer conexões entre a experiência da criação, a produção de saúde e potencialização da vida, considerando o quanto a saúde pode significar vida criativa e presença no mundo. Acredita-se que, promover espaços de mais expressão e menos opressão faz-se necessário, principalmente com a população idosa, que carrega marcas de um tempo histórico outro. Problematizar e compartilhar as práticas e o lugar que ocupa o oficineiro, também se faz muito importante.


Realização:



Apoio:




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