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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 27 - Diversidade de Significados na Diversidade das Culturas

12081 - ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL E PRAZEROSA? UMA EXPERIENCIA DE EXTENSÃO UNIVERSITARIA ENTRE TRABALHADORES E ESTUDANTES
EDLEUZA OLIVEIRA SILVA - UFRB, VINICIUS OLIVEIRA DE MIRANDA PEREIRA - UFRB, FABIO CABRAL MORAES MONTEIRO - UFRB


Período de Realização da experiência
A experiência foi planejada e realizada no período de 01/03/14 a 28/02/2015.


Objeto da experiência
O objeto dessa experiência foi descrever como os indivíduos experienciam atividades abarcando o ato de cozinhar e do comer a partir de um projeto de extensão universitária envolvendo o planejamento participativo e a realização de oficinas culinárias sobre alimentação saudável, sendo os sujeitos dessas atividades estudantes universitários do campo da saúde e nutrição e trabalhadores da alimentação coletiva e da educação. E tendo como o alimento motivador o kefir, um leite fermentado que agrega vários benefícios a saúde e possui alta versatilidade culinária, que pode ser produzido artesanalmente, mediante a obtenção de sua cultura através do próprio projeto de extensão.


Objetivo(s)
Objetivo Geral: Descrever como as dimensões do saudável e do prazer são vivenciadas em oficinas culinárias.
Objetivos específicos: Planejar e realizar oficinas culinárias, a partir dos pressupostos da extensão universitária, mediante o desenvolvimento de vínculo entre distintos atores sociais: estudantes de Nutrição, Medicina e Bacharelado Interdisciplinar em Saúde e trabalhadores de uma creche filantrópica de um município do Recôncavo Baiano; Interpretar os sentidos do fazer, do comer e do alimento expressados em atos e falas durante as oficinas.


Metodologia
Este relato é um recorte do projeto de extensão “Disseminação do consumo do kefir em comunidades de baixa renda do município de Santo Antonio de Jesus, Bahia” fomentado pelo Programa de Iniciação a Extensão Universitária e teve como sujeitos extensionistas de um lado dez estudantes universitários da UFRB, sendo um do curso de Medicina, dois do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde e sete de Nutrição, de outro lado, quinze trabalhadoras de uma creche-escola filantrópica do município. Inicialmente, foi realizada uma visita à creche para apresentação do projeto e convidar os funcionários para participarem do mesmo. Ressalta-se que os funcionários da creche haviam previamente se interessado em obter o kefir e incluir em sua alimentação. Foram realizadas duas oficinas, constituídas por rodas de conversa, produção e degustação de preparações culinárias. A produção do material empírico deste estudo foi feita através de relatórios e de observação participante registrado em diário de campo.


Resultados
Participaram das oficinas os estudantes e as funcionárias creche, essas constituíam um grupo eclético composto por cozinheiras e auxiliares, professoras e uma coordenadora pedagógica, com escolaridade que variava de ensino fundamental incompleto a superior completo. O kefir, sendo um alimento relativamente novo para os participantes, produziu expectativas quanto aos seus atributos sensoriais e o interesse na produção das preparações culinárias. O que produziu uma imersão e interação dos participantes nessa etapa. No momento de degustação, observou-se, na maioria dos participantes uma reação de surpresa aos constatarem ou descobrirem que a maioria das preparações agradaram aos sentidos. Levando o grupo a discutir sobre a dicotomia entre prazer e saúde, abrindo perspectivas de pensar a alimentação saudável para além do conceito reducionista de alimento apenas como veiculo de nutrientes ou substancias nocivas.


Análise Crítica
As atividades extensionistas contribuem de forma consistente para a formação de profissionais de saúde, pois agrega as experiências do senso comum, o saber popular e o conhecimento científico, propiciando aos estudantes considerar a complexidade dos fenômenos sociais, que exigem uma abordagem interdisciplinar, a qual, todavia, é ainda incipiente nas ações de ensino, pesquisa e extensão universitárias. Importa colocar que as representações sobre práticas de saúde e práticas alimentares saudáveis estão dissociadas do prazer tanto no discurso do senso comum como no campo da saúde, o que demanda produzir estudos e ações que possibilitem refletir sobre essas dissociações. A realização das oficinas culinárias buscou aproximar os participantes dessas dicotomias, considerando tanto o contexto dos estudantes do campo da saúde como dos trabalhadores da alimentação coletiva e da educação, produzindo o compartilhamento das novas percepções.


Conclusões e/ou Recomendações
A realização de oficinas culinárias envolvendo sujeitos do campo da saúde e da comunidade local produziram experiências que contribuíram para ressignificar a relação com o alimento e com o ato de cozinhar, além de partilharem novas experiências sensoriais, reunindo o saudável e o prazeroso. Assim como, trouxe para o debate as dimensões objetivas e subjetivas da complexa relação alimentação, saúde e prazer.


Realização:



Apoio:




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