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10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 6 - Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária em Saúde I

11125 - OS SENTIDOS NEGATIVOS DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
THAIS DA CUNHA GOMES - UNICAMP, MÁRCIA CRISTINA SOARES DE OLIVEIRA - UNICAMP, NELSON FILICE DE BARROS - UNICAMP


Apresentação/Introdução
As estratégias da Organização Mundial da Saúde para o período de 2014-2023 apontam as necessidades de: a) encontrar soluções que promovam uma visão mais ampla para melhorar a saúde e a autonomia do paciente; b) aproveitar o potencial das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) para a saúde, bem-estar e cuidados de saúde; e c) promover o seu uso seguro e eficaz, regulando produtos, práticas e profissionais. Para alcançar estes objetivos preconiza-se o desenvolvimento de uma base de conhecimentos e políticas sobre as PIC nos Estados membros como o Brasil, no qual, embora as PIC sejam preconizadas no Sistema Único de Saúde, pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) há dez anos, elas são oferecidas na Atenção Primária em Saúde (APS) de maneira não integrada às demais atividades das unidades.


Objetivos
Analisar os sentidos negativos da oferta das Práticas Integrativas e Complementares, para os profissionais das equipes da Atenção Primária em Saúde, atribuídos por gestores de serviços de saúde dos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas.


Metodologia
Este trabalho é parte do projeto “As Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares nos serviços de Atenção Primária em Saúde na Região Metropolitana de Campinas/SP”, no qual foram realizadas 236 entrevistas telefônicas com roteiro semi-estruturado com gestores e identificadas 117 Unidades Básicas de Saúde ofertando alguma PIC. Entre outras questões, o roteiro trouxe uma pergunta direcionada a - “Quais os aspectos negativos do desenvolvimento das PIC na APS para a equipe? Por quê?” - com a qual coletamos os sentidos negativos atribuídos pelos 117 gestores de serviços de saúde com PIC na APS dos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas. As entrevistas foram gravadas, transcritas e os dados tratados com a técnica de análise temática do conteúdo.


Discussão e Resultados
Observou-se que os coordenadores deram ênfase a diferentes aspectos negativos da oferta das PIC para os trabalhadores de saúde da APS, entre eles: a) falta de profissionais capacitados para a realização das PIC; b) falta de recursos financeiros direcionados para as atividades; c) falta de espaços adequados para atividades de grupo; d) sobrecarga de profissionais; e) conflito no cumprimento de funções relacionadas a outras atividades consideradas prioritárias; e f) falta de reconhecimento e apoio dos outros profissionais do serviço, que desconhecem a importância e os benefícios associados às Práticas. É possível inferir que para gestores de serviços da APS as PIC são consideradas uma responsabilidade individual e personalizada do profissional que oferece a Prática, assim como, não são vistas como parte da APS, com tensionamentos contínuos entre a oferta de PIC versus manutenção do funcionamento do atendimento da unidade, PIC versus demandas principais, PIC versus práticas curativas, PIC versus assistência, etc. É possível inferir, também, que as PIC, portanto, estão ausentes do planejamento ou discussão entre as equipes dos serviços de APS.


Conclusões/Considerações Finais
Apesar da presença das PIC nos serviços da APS elas são vistas como algo a mais, deslocadas, à parte da APS em si, não estando integradas às demais atividades, fluxos, atendimentos, práticas de cuidado, sob a justificativa de que a demanda principal ainda é o cuidado biomédico. Assim, dentre os desafios para implementação das PIC no contexto do SUS está a necessidade dos gestores e profissionais reconhecerem o seu potencial na ampliação do modelo de cuidado integral, superando a fragmentação das atividades no interior das unidades.


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