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10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 8 - Adoecimentos de Longa Duração: Reflexões e Pesquisas

10778 - ADOECIMENTOS E SOFRIMENTOS DE LONGA DURAÇÃO:UM BALANÇO DAS PESQUISAS NACIONAIS DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE
ANA MARIA CANESQUI - UNICAMP


Apresentação/Introdução
Nos últimos cinco anos expandiram os estudos de CSHS sobre os adoecimentos e sofrimentos de longa duração na Saúde Coletiva. Análise das Pesquisas Nacionais por Amostras de Domicílios indicam 40,6% da população, com dezoito anos e mais, referindo-se a uma enfermidade crônica. As mais frequentes em 2008 foram: a hipertensão; a doença da coluna, a artrite/reumatismo e bronquite/asma.
Alguns adoecimentos e sofrimentos comprometem a forma de viver, restringindo as vidas; provocam incapacidades, estigmas e crises recorrentes. Outros permitem conduzir normalmente a vida, com menores transtornos. A medicina considera as enfermidades crônicas incuráveis, mas controláveis por suas tecnologias
As CSHS consideram que os adoecimentos e sofrimentos de longa duração impõem temporalidade e impactam as biografias, os padrões de sociabilidade, a identidade e as relações sociais. Sobre os efeitos biográficos dos adoecimentos interferem as condições materiais e imateriais, os contextos e a história.


Objetivos
elaborar um balanço sintético das revisões da literatura nacional de CSHS sobre os adoecimentos e sofrimentos de longa duração quanto: as teorias e metodologias empregadas; os tipos de adoecimentos abordados; os assuntos e temas, indicando lacunas e apontando perspectivas futuras


Metodologia
Identificação, seleção e análise das revisões da literatura nacional de CSHS produzida nos últimos dez anos no campo da Saúde Coletiva sobre os adoecimentos e sofrimentos de longa duração


Discussão e Resultados
1. doenças ou de condições crônicas considerados: diabetes, hipertensão, câncer, fibrose cística, anemia falciforme; doenças mentais; cardiológicas e pulmonares; dores crônica e lombares e deficiências física e mental;
2.pesquisadores: profissionais de saúde e cientistas sociais;
3.teorias incorporadas: construcionismo, fenomenologia, interacionismo simbólico e hermenêutica, usados com diferentes graus de fidelidade e teoria das representações sociais;
4.conceitos usados reflexões sobre o saber biomédico; conhecimento do senso comum; experiência, trajetórias; representações; estigma e preconceito; itinerários terapêuticos; gerenciamento dos tratamentos e prescrições; cuidados médicos ou da família; intervenções educativas, de promoção e proteção da saúde; apoio social.
5.coleta das informações: entrevistas estruturadas ou semi estruturadas. Observações, etnografia e pesquisas em blogs foram menos usados. Pesquisas históricas e epistêmicas valeram-se da literatura biomédica ou filosófica ou de outras fontes documentais;
6.análises dos conteúdos dos relatos orais ou escritos, apreendendo ou não as significações, assim como narrativas e estudos de casos foram utilizados.


Conclusões/Considerações Finais
Há complexidade, magnitude e importância da literatura preliminarmente examinada. Cresce o esforço de aperfeiçoamento teórico-metodológico.
Tendências conceituais: análise da experiência da enfermidade. Enfoque nos eventos, modos de enfrentar, significar, explicar, cuidar, manejar e de conviver com os adoecimentos e sofrimentos. Cresce o interesse na análise das narrativas.
Teorias mais utilizadas: fenomenologia, interacionismo simbólico e herme nêutica isoladas ou combinadas com teorias sociológicas críticas.


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