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Grupos Temáticos
10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 40 - Tecnociência, Saberes e Diferenças |
12154 - OFICINA - MOSQUITO X HOMEM - SAÚDE COMO A RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE, SOCIEDADE E INDIVÍDUO
CLAUDIMAR AMARO DE ANDRADE RODRIGUES - CEBES-RP, FERNANDA MARQUES REY - CEBES-RP, IAGO DA SILVA CAIRES - CEBES-RP, FERNANDA BERGAMINI VICENTINE - CEBES-RP, GABRIELA MARTINS SILVA - CEBES-RP, HELENA BARBOSA LUGÃO - CEBES-RP, TAMIRES MACHADO MOREIRA - CEBES-RP, LUANA BEATRIZ LEMES - CEBES-RP, LUIZA CAMPOS MENEZES - CEBES-RP, PEDRO SILVEIRA CARNEIRO - CEBES-RP
Período de Realização da experiência
4 meses, 3 oficinas realizadas junto a E.E. Otoniel Mota, CEMEI Virgílio Salata e Cooperativa Popular Educacional.
Objeto da experiência
Discutir sobre a construção de saberes em torno do tema Saúde, questionando criticamente a visão do senso comum e a desintegração de saberes produzida no ambiente escolar, utilizando uma metodologia ativa e a curiosidade em torno de tema relevante e atual em saúde, enfatizando a visão das Ciências Sociais e Humanas integrada ao conhecimento das ciências naturais através do conceito de Iniquidades Socias de Saúde.
Objetivo(s)
Gerar uma nova prática reflexiva entre os participantes e nas instituições escolares que possibilitem uma discussão integral dos temas relacionados à Saúde, englobando suas complexidades e suas relações transdisciplinares possibilitando novas práxis pessoais e institucionais, embasadas na visão crítica das Ciências Sociais e Humanas.
Metodologia
Discussão ativa, no formato de rodas de conversa, em pequenos e grandes grupos, com a participação de todas as pessoas presentes em isntituições escolares de ensino fundamental e médio. Os encontros foram organizados e coordenados por integrantes do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES).
Problematizando entre as verdades de cada um e as informações recebidas de várias fontes, como mídia, internet, professores e pesquisadores, propõe-se uma reflexão conjunta entre os saberes e a realidade vivenciada pelos participantes reconstruindo a complexidade que envolve a Saúde e os valores e saberes a esta relacionados.
Como tema disparador utiliza-se a epidemia de dengue no país, passando da dimensão micro para a macro, do meio-ambiente á sociedade, através da relação homem-natureza e a construção histórico-social, utilizando textos jornalísticos, científicos e de difusão, utilizando como base uma nota técnica da ABRASCO.
Resultados
Mesmo as diretrizes curriculares nacionais do ensino fundamental, com uma obrigação explicita de trabalhar a Saúde como um tema transversal devido à complexidade dos saberes envolvidos e sua transdisciplinaridade, e do ensino médio, através de uma discussão mais complexa e crítica em torno da ciência e das tecnologias construídas socialmente, a discussão em saúde mantém um enfoque “biologicista” e é pouco tratado junto as ciências sociais.
A discussão de uma forma ampla a partir de um tema específico desperta curiosidade e atenção junto aos estudantes, que se interessam e se disponibilizam a questionar a formação dos seus saberes e se comprometem a uma visão crítica junto as informações que lhe são apresentadas.
Análise Crítica
A discussão ativa de todos os envolvidos de forma horizontalizada é uma barreira tanto aos facilitadores quanto aos demais participantes, relacionando o enfrentamento interno da oralidade pelos participantes com maior conhecimento e a dificuldade de discussão aberta daqueles que se sentem inseguro em seus saberes.
O conteúdo de ciências sociais e humanas, trabalhados isoladamente nas disciplinas escolares ganham uma revalorização nestas discussões, mostrando a necessidade de ampliação da discussão transdisciplinar, incluindo o relacionamento entre os profissionais de educação e os profissionais de saúde.
A abordagem de temas de Saúde através das Iniquidades Sociais de Saúde possibilitariam a revalorização dos conteúdos de Ciências Sociais e Humanas nas instituições escolares agregados a adequação da abordagem transdisciplinar e complexa exigida pelo tema e pelo enfrentamento das questões sociais.
Conclusões e/ou Recomendações
A ampliação e a formalização destas atividades dentro das instituições escolares possibilitariam uma resignação ideológica do saber e uma criticidade capaz de confrontar a alienação produzida pela sociedade de consumo, possibilitando uma revalorização dos direitos sociais, incluindo o direito a saúde, possibilitando um maior enfrentamento da população junto as injustiças sociais, revitalizando a Reforma Sanitária Brasileira.
Esta modificação construiria o fim da prática escolar bancária, tanto pelos estudantes, comprometidos com sua construção de saber, como pelos professores, revalorizados em seu Trabalho.
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