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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 40 - Perspectivas no Ensino e na Formação

11107 - O EIXO “O SER HUMANO E SUA INSERÇÃO SOCIAL”: O ENSINO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS EM SAÚDE NA UNIFESP-BAIXADA SANTISTA
EUNICE NAKAMURA - UNIFESP, CRISTIANE GONÇALVES DA SILVA - UNIFESP, ÍRIS MORAIS ARAÚJO - UNIFESP, ALEXANDRE BARBOSA PEREIRA - UNIFESP, LUIZ HENRIQUE PASSADOR - UNIFESP, MARINEZ BRANDÃO - UNIFESP, DEIVISON MENDES FAUSTINO - UNIFESP, SYLVIA HELENA BATISTA - UNIFESP


Período de Realização da experiência
A experiência está em curso e se desenvolve desde 2006, ano de fundação da Unifesp-Baixada Santista.


Objeto da experiência
Concebida no âmbito da política de expansão do ensino superior público, a proposta político-pedagógica da Unifesp-Baixada Santista prioriza a formação interprofissional e interdisciplinar, integrando conteúdos de eixos específicos (cursos) e comuns na formação dos estudantes. O eixo comum “O ser humano e sua inserção social” congrega atualmente profissionais de formações em antropologia, sociologia e psicologia, responsáveis, em um trabalho coletivo e compartilhado, pelo ensino de quatro módulos semestrais (totalizando 200 horas) de temáticas das Ciências Humanas e Sociais em saúde para os cursos de Nutrição, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educação Física, Psicologia e Serviço Social.


Objetivo(s)
Apresentar aos/as estudantes referenciais e conteúdos teórico-conceituais das áreas de Ciências Sociais e Humanas, incentivando a reflexão crítica sobre questões contemporâneas e possibilitando a articulação do conhecimento produzido nessas áreas à educação e prática interprofissional. Espera-se, no processo de ensino e aprendizagem, nos dois primeiros anos dos cursos, possibilitar a apreensão de ferramentas conceituais e a aproximação de diferentes realidades sociais, para a reflexão e o debate sobre a relação entre os contextos atuais e a futura atuação interprofissional.


Metodologia
Conteúdos teórico-conceituais e metodológicos da área de Ciências Sociais e Humanas são abordados nos dois primeiros anos por meio de módulos que abrangem diferentes temáticas: Natureza, cultura e sociedade (1º sem., 40h), Capitalismo, trabalho e direitos (2º sem., 80h), Subjetividade, corpo e estigma (3º sem., 40h) e Constituição do humano, políticas e marcadores sociais da diferença (4º sem., 40h). Os módulos integram as matrizes curriculares dos eixos específicos (cursos), mas são ministrados a turmas mistas, cada uma delas sob responsabilidade de um/a docente, com média de quarenta estudantes de todos cursos. As aulas dividem-se em blocos, abordando conteúdos teóricos e atividades práticas. Na abordagem teórica, as principais estratégias utilizadas são aulas expositivas, leitura de material pertinente e discussão de filmes. Nas atividades práticas, propõem-se seminários (com grupos mistos para incentivar o diálogo entre os cursos) e observação de diferentes contextos.


Resultados
Nas avaliações realizadas ao final de cada módulo, os/as estudantes, no geral, manifestam grande interesse pelos temas abordados e reconhecem sua importância à formação profissional. Consideram os conteúdos abordados um diferencial em sua formação, quando comparam com as matrizes curriculares de cursos da área da saúde de outras universidades. A possibilidade de debater questões contemporâneas relacionadas não apenas à prática profissional, mas que se aproximam de suas experiências, como o mercado de trabalho, corpo, sexualidade, gênero, relações raciais, geração, deficiência, políticas públicas, direitos, entre outros, no geral é ressaltada nas avaliações como aspecto positivo dos módulos. Se, por um lado, os cursos são bem avaliados pelos estudantes, os docentes percebem, por outro lado, problemas na apreensão de referenciais teórico-conceituais certamente relacionados à dificuldade de parte dos/as estudantes em ler os textos propostos.


Análise Crítica
O grande desafio da aproximação das Ciências Sociais e Humanas e a área da saúde parece ainda ser a necessária desconstrução da hierarquia entre campos do conhecimento. Além do esforço em sair de lugar secundário insistentemente atribuído às humanidades, os módulos compõem as matrizes curriculares densas dos cursos. Por isso, apesar de preconizar articulação para formação interdisciplinar, a rotina acadêmica acaba desfavorecendo tais conexões na prática de ensino. Outro ponto para ser qualificado é a articulação com eixos específicos, particularmente para tratar de temas sensíveis como é o caso de gênero, sexualidade e raça. Ademais, as temáticas trabalhadas nos quatro módulos do eixo, por estarem relacionadas a questões cotidianas, concorrem com concepções do senso comum, o que é particularmente favorecido pela defasagem de leitura.


Conclusões e/ou Recomendações
A construção do eixo transversal para formação em Ciências Humanas e Sociais em Saúde articula-se à singularidade própria de projeto de educação interprofissional. Os temas trabalhados devem continuar fortalecendo a cultura interdisciplinar, empenhada em construir interfaces entre profissionais de diferentes formações. Dessa forma, a inserção cotidiana em diversas atividades acadêmicas, por temas que valorizam a diversidade e pluralidade da vida em sociedade, possibilita uma rede de saberes que articula ensino, pesquisa e extensão, fortalecendo a interdisciplinaridade e o trabalho em equipe.


Realização:



Apoio:




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