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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 40 - Perspectivas no Ensino e na Formação

11497 - A PRESENÇA E O PAPEL DAS CIENCIAS SOCIAIS NO ENSINO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
OTACÍLIO BATISTA DE SOUSA NÉTTO - UFPI-UNICAMP, NELSON FILICE DE BARROS - UNICAMP, CONCEIÇÃO DE MARIA PROBO DE ALENCAR BATISTA - FACID-DEVRY


Apresentação/Introdução
A odontologia brasileira desde o seu ‘mito‘ de fundação no século XIX e ao longo dos séculos XX/XXI é identificada como o primado e a hegemonia da técnica, vinculada a uma cientificidade biomédica restrita, e por uma abrangência ou preocupação social invisível, inexistente ou indiferente. Superar ou arejar este modus operandi permanece como desafio para as instituições de ensino superior na área da saúde bucal. Encontrar o caminho de uma formação que não contemple apenas intervenções clínico-assistenciais (preventivo-terapêutico-reabilitadoras) e prescrições farmacológicas, mas que amplie o leque das possibilidades associadas a estes profissionais, que estabeleça pontes entre o mundo sanitário e o mundo social como partes do mesmo mundo, e que isto não signifique uma formação científica menos sólida. A presença e o papel das ciências sociais na graduação brasileira em odontologia revela-se como um dispositivo que permite caminhar na direção do que estabelece como perfil desejado, as diretrizes curriculares nacionais e suas desejadas competências, atitudes e habilidades, lançadas há 14 anos mas ainda em desafiador processo de implantação.


Objetivos
Estabelecer uma análise da presença e da contribuição das ciências sociais no ensino das ciências da saúde brasileiras, em particular dos cursos de odontologia no Brasil (passado-presente e futuro).


Metodologia
O estudo foi desenvolvildo a partir de uma pesquisa bibliográfica com revisão histórico-crítico-reflexiva da literatura pertinente sobre a temática, revisão como processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica: qual a presença e o papel das cências sociias no ensino de graduação em odontologia. Foi realizada revisão de literatura, no período entre 1956 e 2015, com os seguintes descritores: "avaliação educacional", "odontologia", "ciências sociais".


Discussão e Resultados
As ciências sociais foram incorporadas aos cursos de graduação em saúde no Brasil, há mais de quatro décadas, a partir de seminários internacionais que discutiram as reformas curriculares para o ensino das ciências da saúde, e articulados via Movimento da Reforma Sanitária, contibuiram a posteriori com a institucionalização do campo da Saúde Coletiva. Nas ciências odontológicas um hiato de vinte anos e um processo de implantação recente, reforçou a semântica de uma odontologia tecnicamente elogiável, cientificamente discutível e socialmente caótica, influenciada pelo modelo formativo norte-americano, com ênfase nas ciências biológico-clínicas e adoção de práticas cirúrgico-reabilitadoras como modo primário de intervenção. Ao longo do seculo XX novos arranjos assistenciais foram construídos, sobretudo públicos, e o ensino de graduação também experimentou mudanças, em especial com o construto da saúde bucal coletiva e sua íntima associação com o SUS. As Diretrizes Curriculares Nacionais que norteiam contemporaneamente este campo, ensejam a possibilidade de uma nova formação profissional, que ultrapasse os hegemônicos limites do consultório odontológico e da atenção individualizada.


Conclusões/Considerações Finais
A presença das ciências sociais encerra um desejo ainda não hegemônico, de mudança institucional do ensino em saúde brasileiro, também da odontologia, que gradativamente supere as dicotomias entre a teoria-prática, o ciclo básico-profissionalizante, o olhar promocional-preventivo e o olhar curativo, tendo como nortes a integração interdisciplinar, a educação interprofissional no campo da saúde e a contemporânea integração ensino-serviço-comunidade. Como desafio apresentam-se a construção de pontes e o borramento das fronteiras entre as ciências sociais e da saúde, que no caso brasileiro, faz ainda mais sentido para o cotidiano do ensino e do trabalho no SUS, que transcendem o mero utilitarismo de uma ciência pela outra. Todo este processo contribui no alargamento da compreensão e dos modos de intervenção sobre as complexas condições de vida das populações e seus adoecimentos. Um sorriso, o choro, uma boca e seus dentes são mais do que aparece em qualquer fotografia ou exame clínico.


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