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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 10 - Apropriação de Tecnologias Educacionais na Formação dos Profissionais de Saúde

11451 - UNINDO AS PONTAS DO SUS: UM GRUPO DE FACEBOOK QUE TRAZ ARTICULAÇÃO ENTRE OS QUE PENSAM E DESENVOLVEM ATIVIDADES NA INTERFACE DA SAÚDE COM A SOCIEDADE
PAULA CHAGAS BORTOLON - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ E NEXT/ENSP/FIOCRUZ, RITA DE CÁSSIA MACHADO DA ROCHA - PGEBS/IOC/FIOCRUZ E NEXT/ENSP/FIOCRUZ, NILTON BAHLIS DOS SANTOS - NEXT/ENSP/FIOCRUZ


Período de Realização da experiência
Esta atividade foi realizada entre os dias primeiro de abril à 10 de maio de 2016.



Objeto da experiência
Redes sociais da internet, mais especificamente o Facebook, como local de articulação dos relatos de experiências do 3º evento “Unindo as Pontas do SUS”, parte do projeto de pesquisa “Unindo as Pontas do SUS: Co-laboração entre pesquisas para produção da saúde nas relações com a sociedade”, da Fiocruz. Este objeto traz em si uma proposta de educação não formal em saúde por meio do compartilhamento de experiências.



Objetivo(s)
A ideia central era criar uma atividade de educação não formal que trouxesse um panorama de iniciativas que acontecem e estão sendo organizadas nas Pontas do SUS, para que, através da colaboração, se reforçassem e afirmassem mutuamente. Pretendia-se também, apresentar e conhecer parceiros com problemas similares, ouvir novas experiências e aprender uns com os outros, estabelecendo relações que valorizassem e reconhecessem os mais diversos saberes.



Metodologia
Grupos, equipes, lideranças, ativistas em geral que realizam projetos ou desenvolvem atividades e serviços na fronteira da saúde com os cidadãos, ou mesmo cidadãos que compartilham de experiências de saúde deveriam fazer um vídeo/depoimento gravado, usando uma câmera de computador, máquina fotográfica/filmadora ou celular, ou simplesmente escrevendo um post no grupo "Unindo as Pontas do SUS" (https://www.facebook.com/groups/UnindoAsPontasDoSUS/). Todos os depoimentos foram armazenados no canal do Youtube (“Unindo as Pontas do SUS”- https://www.youtube.com/channel/UCMd6oeTXmEnngQcCHnS3OQw).
A maioria dos depoimentos foi postada pelos próprios depoentes no grupo "Unindo as Pontas do SUS". Aqueles com mais dificuldades receberam ajuda dos administradores do grupo, que incluíam o vídeo no canal do Youtube e depois compartilhavam o mesmo no Facebook.
Todos os participantes poderiam interagir em cada postagem, valendo-se dos recursos do próprio Facebook: curtir, compartilhar, comentar.



Resultados
O evento resultou em quatro depoimentos escritos e 31 vídeos. As experiências foram diversas e trouxeram relatos de profissionais de saúde, pesquisadores, ativistas, grupos de pacientes e até cidadãos usuários do SUS. Os assuntos foram: o uso de WhatsApp em ações de saúde, acesso aos serviços de saúde, ativismo online de grupos de apoio, impacto de programas sociais na saúde, entre outros. O canal do Youtube chegou a ter 1.209 visualizações e 13 inscritos. Ressalta-se que no grupo do Facebook houve mais interações (visualizações, curtidas, compartilhamentos e comentários). Um depoimento chegou à 50 compartilhamentos e 39 curtidas. Foi interessante notar o caráter emergente e de sincronização do grupo: quanto maior o movimento no grupo, mais pessoas solicitavam participação e mais depoimentos eram postados. Hoje, o grupo conta com 411 membros e se mantém ativo.



Análise Crítica
O Movimento da Reforma Sanitária apostou na efetiva participação e atuação política da população para a produção da saúde coletiva. Mas, as tentativas de construção de modelos de participatipação popular ainda recaem sobre estratégias fortemente marcadas pela fala central especializada, que tem o poder de dizer e de interpelar os atores sociais e que procura ditar os modos como os cidadãos adoecem, morrem e cuidam da saúde.
A experiência quebra estes paradigmas, pois a internet universaliza registros e acesso a eles, estabelece a comunicação em tempo real, viabiliza a desconsideração dos parâmetros de espaço/tempo, promove uma interatividade exacerbada e viabiliza o processamento de informações em número infinito. Assim, permite que a sociedade realize um processo educativo que resulta na construção coletiva de conhecimento em saúde: uma parte aprende com a outra e ambas podem ser beneficiadas com isso (população e técnicos trocam conhecimentos e, assim, produzem um novo conhecimento).



Conclusões e/ou Recomendações
Este evento corroborou a potencialidade das redes sociais da internet na inclusão de cidadãos como sujeitos ativos no enfrentamento de problemas de saúde. O Facebook aparece como espaço de empoderamento politico, onde as pessoas podem questionar-se sobre o modelo biomédico, a medicalização da vida, o reconhecimento da sabedoria popular, a saúde como um ato de cuidado, a participação social e refletir sobre o complexo da saúde. Isto fortifica que redes sociais da internet podem servir para a produção de conhecimento em saúde, além de serem um importante espaço para pesquisas qualitativas.


Realização:



Apoio:




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