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11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 19 - Dimensões da Saúde em Programas Sociais

11701 - A INTERSETORIALIDADE NO TRABALHO COM A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: APONTANDO NOVOS CAMINHOS
ROSANA SOUSA DE MORAES SARMENTO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


Apresentação/Introdução
O artigo é resultado de pesquisa no estágio pós-doutoral em Serviço Social/UFSC (2016). Objetiva fazer um aprofundamento teórico acerca da categoria da intersetorialidade uma vez que um dos resultados alcançados com a pesquisa do doutorado foi a constatação da distância entre o que se deseja de uma prática intersetorial e o que realmente se tem na relação entre secretarias municipais agindo na cidade de Florianópolis quando o foco é o atendimento à população em situação de rua. Esta situação tem incidido na não integração das demais políticas públicas, com sinais da necessidade de investimento no âmbito da formação, planejamento, execução e avaliação conjunta de todas as áreas envolvidas. O Decreto 7.053/2009 que traz a política pública de assistência à população adulta em situação de rua defende a necessidade de uma ação intersetorial, mas não deixa claro o que é a intersetorialidade e como deve se processar. Traz a síntese que a complexidade que envolve o universo da intersetorialidade remete a necessidade de percebê-la de forma mais sensorial/subjetiva, pois não dá para ser algo apenas entendível cognitivamente, há que se sentir parte de, que penetrar na lógica de, ser flexível.


Objetivos
Objetiva fazer um aprofundamento teórico acerca da categoria da intersetorialidade uma vez que um dos resultados alcançados com a pesquisa do doutorado foi a constatação da distância entre o que se deseja de uma prática intersetorial e o que realmente se tem na relação entre secretarias municipais para o atendimento assistencial à população em situação de rua em Florianópolis/SC.


Metodologia
O Decreto 7.053/2009 não deixa claro seu entendimento sobre o que é a intersetorialidade e como assegurar que as secretarias sejam mais próximas ao ponto que o usuário do serviço, a PSR, se sinta contemplado intersetorialmente no atendimento de seus direitos?Orientada por esta problematização, retomei as entrevistas realizadas no doutorado e fiz nova análise dos discursos obtidos com as entrevistas tomando como foco aspectos que pudessem contribuir com um olhar mais atento sobre a intersetorialidade. Ademais, realizei um levantamento bibliográficos de autores que estudam esta temática utilizando de uma metodologia integradora. Esta é compreendida quando o pesquisador reúne a releitura dos dados aliada ao material bibliográfico sugerindo novas indagações, reflexões, críticas e novas contribuições.


Discussão e Resultados
Trago como discussão que as relações de sociabilidade entre os serviços públicos e a PSR demonstraram que certas atitudes podem inviabilizar a intersetorialidade: rigor, instabilidade, fragilidade e não participação. A presença de certo rigor na funcionalidade dos serviços que lutam por transpor desafios cotidianos, talvez por sofrerem os reflexos da instabilidade resultante de terem sido implantados, porém repletos de estratégias adaptadas (infraestrutura humana, material, estrutural e financeira), porquanto esta instabilidade repercute também no conjunto das relações de sociabilidade entre o serviço e seu público-alvo. Em Florianópolis, observei a partir dos discursos institucionais, que esta rigidez se fazia presente no atendimento da PSR nos serviços torando frágeis as relações de acolhida, cuidado repercutindo na construção de vínculos de confiança com a rede de assistência social e de saúde no seu atendimento. Com destaque para a Unidade de Referência Centro Pop, que tem vivido grandes desafios seja para os técnicos, seja para a própria PSR. A PSR, por outro lado, não consegue se perceber parte do Centro Pop.


Conclusões/Considerações Finais
Avalio que o usuário da política pública não pode ser tomado em pedaços, ou seja, o que é da assistência, o que é da saúde, o que é da habitação, etc. Este fracionamento só pode ser superado se existir vontade de fazer e acontecer em conjunto. Vai provocar receios, até rupturas, mas a necessidade de mexer com valores, alterar e rever posições pode ser o primeiro passo para romper com pensamentos e atitudes cristalizadoras em direção a atitudes mais interdependentes propiciadoras de um movimento intersetorial que não nos altere só teoricamente, mas essencialmente nossos sentidos de trabalho e até de vida. Enfim, a pesquisa foi reveladora de que a política nacional de atenção à PSR tem ações e discursos que ora defendem a PSR, ora a expurgam, que mobilizou nacionalmente os diferentes níveis hierárquicos do país, trouxe para a pauta do dia que existe um grupo de pessoas tendo seus direitos violados e desrespeitados, mas que ainda estão fora da lógica de atendimento intersetorial.


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