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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 23 - Cuidado em Saúde - Grupos Específicos, Integralidade e os Diferentes Determinantes da Saúde

11554 - RAÇA/ETNIA E USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: DISCURSO COLETIVO DOS PROFISSIONAIS DO CONSULTÓRIO NA RUA
PRISCILA TAÍS DE OLIVEIRA MORAIS - UNB, SHIRLEY DE FARIAS PEREIRA - UNB, JOSENAIDE ENGRACIA DOS SANTOS - UNB, JESSICA DE AQUINO RIBEIRO - UNB, LEILANE DA SILVA PERES - UNB, LUANA LIMA GOMES - UNB, DIOGO ALMEIDA CARNEIRO - UNB


Apresentação/Introdução
A complexidade do uso e abuso de substâncias psicoativas em pessoas que vivem na rua tem como lastro, a desigualdade social, que tem cor, é negra. O Ministério do desenvolvimento social afirma que proporcionalmente temos mais negros (pardos e pretos), na população em situação de rua (Brasil, 2008), com uma relação direta com a temática drogas, ausência de direitos sociais, miséria, falta de oportunidades e pobreza. Para manejar a situação de saúde de pessoas em situação de rua, é implementado a atenção integral à saúde, na tentativa de produzir um linha de cuidado, garantindo o acesso dessa população às outras possibilidades de atendimento no Sistema único de Saúde (SUS), com a implantação dos Consultórios na Rua (CR), instituídos pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Os CR são formados por equipes multiprofissionais (Brasil, 2012). Mas como os profissionais do CR percebem a questão de raça/etnia na questão do álcool e outras drogas? Raça, aqui utilizada como conceito remanescente, que ainda é orientadora da realidade. Isto é, não se trata de conceito respaldado pela ciência, mas sobrevivente nas relações cotidianas concretas.


Objetivos
Conhecer como os profissionais do CR percebem a questão raça/etnia e álcool e outras drogas


Metodologia
Optou-se pelo discurso do sujeito coletivo (DSC) como abordagem metodológica para orientar a pesquisa, porque permite correlações do discurso individual com o da coletividade. O campo empírico da pesquisa foi o CR, do Distrito Federal. Foram selecionados 5 profissionais do CR. Consideraram-se como critérios de inclusão: serem maiores de 18 anos, estarem trabalhando no CR a seis meses. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e pesquisa em ciências da saúde, parecer número 960.640/2015. O instrumento utilizado foi a entrevista semiestruturada, que possui a vantagem de permitir diálogo mais profundo e rico. As entrevistas foram realizadas no próprio serviço, gravadas e, posteriormente, transcrita.


Discussão e Resultados
Discurso coletivo: Negros e pardos. A gente vê muitas pessoas negras. É um retrato da população brasileira. É uma questão importante porque também é assim a população carcerária né? A população de rua evidencia as mazelas da nossa sociedade, não é com forma preconceituosa, mas a gente vê esse pessoal infelizmente usando Álcool e outras drogas, a maioria crack. A questão de álcool e outras drogas é um fenômeno multifacetado que tem relação direta com o problema social. O discurso traz elemento de uma imagem social perversa que estar voltada para as minorias raciais e implicado na desigualdade. A desigualdade social tem cor. Podemos dizer que no Brasil, mesmo com variações regionais, a pobreza e a miséria são predominantemente negras juntos com suas mazelas, como a complexidade da questão das drogas e criminalidade. Essa associação entre determinadas drogas e grupos de pessoas consideradas “perigosas” serviu e continua servindo à criminalização da pobreza, os marginalizados, os desprovidos de poder, os negros. Nesse sentido, a temática das drogas em sua totalidade, vem contribuindo para aumentar a desigualdade racial de forma direta e indireta.


Conclusões/Considerações Finais
O discurso coletivo dos profissionais do CR sinalizou que as iniquidades que atinge a população negra é a reprodução constante de desigualdades, é estruturante. As políticas públicas devem ser urgentes e ter como objetivo precípuo a população negra no processo de desenvolvimento coletivo, a partir de sua história e cultura, visando a eliminação das desigualdades. Referencias: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento social. Política nacional para inclusão social da população em situação de rua. Maio de 2008. Brasília/DF


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