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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 23 - Cuidado em Saúde - Grupos Específicos, Integralidade e os Diferentes Determinantes da Saúde

12051 - BIOPOLÍTICAS E DISPOSITIVOS DE CLIVAGENS SOCIAIS – O RACISMO COMO OPERADOR DE CORPOS E TERRITÓRIOS
ROBERTA GONDIM - ENSP/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
Experiências internacionais referenciam a APS no Brasil, como a produção de Starfield (2002) que define atributos essenciais e derivativos. Como exemplo a competência cultural - habilidade do profissional de reconhecer “necessidades especiais das subpopulações devido a características étnicas, raciais ou culturais especiais”. Fassin (2012), questiona categorias ‘cultura’ e ‘subpopulações’ que cindem grupos em termos de ‘nós versus eles - os outros exóticos’. Desigualdades socioeconômicas e inequidades em saúde priorizam APS em territórios de vulnerabilidade, com população majoritariamente pobre e negra. Em sociedades não homogêneas essa população é considerada subpopulação? Qual chave analítica que a define, quantidade ou o binômio exclusão/inclusão? Arcabouços da APS como esses merecem ser revisitados criticamente. Foucault (2007) evoca o racismo enquanto dispositivo da ‘virada’ biopolítica. Questiona como esse poder que deve fazer viver pode deixar morrer. O racismo nos mecanismos do Estado moderno nesse biopoder de “tirar a vida”, não é necessariamente o “assassínio direto”, mas o “assassínio indireto” - a omissão ou incentivo à exposição de riscos de morte e discriminações.


Objetivos
A partir da lente biopolíticas diferenciadas, cartografar dispositivos e tecnologias de saúde sobre sujeitos e territórios considerados como vulneráveis. Especialmente os dispositivos como a Estratégia Saúde da Família e o Consultório na Rua, tendo por referência de análise a atuação dos profissionais no tratamento diretamente observado para tuberculose - DOTS.


Metodologia
Estudo de campo realizado a partir de observação participante em dois dispositivos assistenciais – Estratégia Saúde da Família e Consultório na Rua, em dois territórios vulneráveis – uma micro área da Rocinha e em ‘Cenas de uso' do crack e outras drogas consideradas como ilícitas, do entorno da Av. Brasil, ambos na cidade do Rio de Janeiro.


Discussão e Resultados
As contradições nas abordagens dos agentes de estado que atuam em territórios vulneráveis ocorrem em diversas clivagens – nomeadamente a socioeconômica e a racial. Práticas coercitivas da polícia chocam-se com a da saúde, que por sua vez diferem daquelas da assistência social. No interior das práticas de saúde há também contradições entre dois dispositivos – ESF e Cnar, com diferenciação de fluxos, abordagens e repercussões em corpos e modos de levar a vida dos sujeitos.


Conclusões/Considerações Finais
O racismo como formação discursiva que se vincula aos diferentes contextos, também circula por diferentes cadeias de poder, em cuja associação e colagem estão construídas e enredadas as tecnologias de controle ou mesmo de aniquilamento. Pensar no racismo, como dispositivo biopolítico, ajuda a compreender contradições políticas a partir de diferentes clivagens que diferenciam governamentalidades.


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