10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 28 - Promoção e Proteção da Saúde do Trabalhador |
12008 - CONSTRUÇÃO DO MODELO LÓGICO PARA IMPLANTAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA A PROTEÇÃO DA SAÚDE DOS AGENTES DE SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
ANDREA GARBOGINI MELO - SESAB/SUVISA/DIVAST, RITA PERALTA - SESAB/SUVISA/DIVAST, LETICIA COELHO DA COSTA NOBRE - SESAB/SUVISA/DIVAST, JACIRA AZEVEDO CANCIO - SESAB/SUVISA/DIVAST, MARIA CONCEIÇÃO TELES MOTA - SESAB/SUVISA/DIVAST, OSVALDO AURÉLIO MAGALHÃES SANTANA - SESAB/SUVISA/DIVAST
Período de Realização da experiência
De março a maio de 2016.
Objeto da experiência
Construção do modelo lógico para o planejamento e avaliação da implantação das Orientações Técnicas para a Proteção da Saúde dos Agentes de Saúde por meio de projeto piloto para a atenção integral dos agentes de saúde.
Objetivo(s)
Objetivo geral: Implantar ações de atenção integral à saúde dos Agentes de Saúde no estado da Bahia.
Objetivos específicos: desenvolver modelo lógico da intervenção para subsidiar o planejamento e avaliação de projetos piloto em dois municípios da Bahia; identificar e analisar as barreiras, facilitadores e estratégias adotadas no processo de implantação; identificar os componentes essenciais da intervenção passiveis de reprodutibilidade do projeto piloto nos demais municípios do estado da Bahia.
Metodologia
A construção do modelo lógico para implantação das ações propostas nas Orientações Técnicas para a Proteção da Saúde dos Agentes de Saúde cumpriu as seguintes etapas: 1) leitura das Orientações Técnicas e contato com os autores do documento para levantamento das ações previstas; 2) análise dos dados e identificação dos elementos descritivos (insumos, atividades, produtos, resultados e impactos) e prescritivos; 3) escolha e organização gráfica dos elementos identificados; 4) validação do modelo lógico em dois momentos: interno, com os autores do documento supracitado e, externo: com a equipe responsável pela coordenação do projeto.
Resultados
A construção do modelo lógico aproximou a equipe coordenadora do projeto na temática da avaliação de programas (análise de implantação), pois a proposição de implantação de ações de atenção integral à saúde dos agentes de saúde se constitui em um processo complexo composto por vários elementos sobre influência do contexto. O modelo construído articula elementos para planejamento e desenvolvimento de ações de promoção, prevenção e acompanhamento das condições de trabalho e saúde dos agentes de saúde, por meio de ações articuladas de assistência e vigilância em saúde em três dimensões: articulação e mobilização da gestão e demais atores sociais; monitoramento dos riscos à saúde; e monitoramento da situação de saúde dos agentes. O modelo lógico orienta o processo de avaliação do projeto, sendo o “primeiro passo no planejamento de uma avaliação” (MEDINA et al2005, p.48) e possibilita a compreensão da racionalidade implícita do projeto através de esquema visual (ROWAN, 2000, apud Medina et al, 2005).
Análise Crítica
Na rotina dos serviços, a racionalidade implícita de programas e projetos desenvolvidos não está clara para os executores, o que pode comprometer o processo de avaliação da sua efetividade. A construção do modelo lógico é um recurso potencial que dá visibilidade aos componentes da intervenção, suas interrelações e influências que o contexto exerce sobre estes. O modelo lógico representa o retrato de um programa ou projeto em um dado momento em um determinado contexto, não sendo algo estático ou imutável. Na arena da vida, a dinâmica da realidade deve ser constantemente analisada para garantir o alcance dos objetivos estabelecidos, desde que sejam conhecidos os elementos estruturantes da intervenção e as influências exercidas pelos fatores contextuais.
Conclusões e/ou Recomendações
A opção pelo uso do modelo lógico possibilitou o aprofundamento, análise e revisão da proposta de intervenção, atuando enquanto um recurso orientador para negociação com gestores municipais, planejamento do projeto, implantação nos dois municípios selecionados e avaliação da implantação das ações pelas equipes coordenadoras nos municípios selecionados.
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