12/10/2016 - 13:30 - 15:00 GT 31 - Educação Popular e Pesquisa em Saúde |
12131 - SABERES DAS MULHERES DO CAMPO, DAS FLORESTAS E DAS ÁGUAS NA COCONSTRUÇÃO DE UMA PESQUISA COMO UMA FERRAMENTA POLÍTICA PARA CONSOLIDAÇÃO DOS DIREITOS. CLAUDIA MARA PREDROSA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA - FS UNB, ALEXANDRE ARBEX VALADARES - IPEA
Apresentação/Introdução O presente trabalho apresentará a experiência da construção coletiva da Pesquisa Perfil socioeconômica e condições de vida das mulheres trabalhadoras do campo e da floresta, com o movimento social das mulheres do campo, das florestas e das águas. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Coordenação da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) durante a Marcha das Margaridas de 2011.
Objetivos A pesquisa visou construir uma amostra com participantes de todas as regiões presentes à marcha das Margaridas com o propósito de fazer um estudo que fosse de certo modo alternativa aos dados oficiais, como do IBGE, que nao representavam, nem contemplavam o perfil destas mulheres.
Metodologia A coleta dos dados foi realizada nos dias 15 e 16 de agosto de 2011, no Pavilhão
do Parque da Cidade, local onde milhares de participantes se concentravam para a
marcha. Buscou-se dar às perguntas uma linguagem clara e acessível, organizando-as por blocos temáticos, em uma sequência lógica que favorecesse, na aplicação, o conforto, a privacidade e a integridade das respondentes. O bloco que abordou questões da violência seguiu os preceitos éticos propostos pela Organização Mundial da Saúde para pesquisas que abordam a violência de gênero.
Discussão e Resultados A apresentação debaterá como os resultados tem sido utilizados como uma ferramenta política para reivindicar e consolidar direitos.
Conclusões/Considerações Finais Os resultados abordaram os seguintes temas: i) características sociais das mulheres; composição de seus domicílios, percepção das relações intrafamiliares e de sua posição na família; ii) participação política e social; iii) percepção acerca do seu trabalho, em suas diversas modalidades; condição econômica; e iv) o grau de exposição às situações de violência ao longo da vida. A postura que norteou a pesquisa seguiu a ética dialógica que onde a relação entre pesquisadores e participantes é pautada pelo reconhecimento da alteridade. Os resultados foram discutidos com as mulheres em encontros dos movimentos e têm sido utilizados nas reivindicações na elaboração de políticas públicas de saúde.
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