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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 41 - Tecnologias Contraceptivas e Reprodutivas: Inovação e/ou Controle dos Corpos?

11601 - FATORES QUE ENVOLVEM A TRAJETÓRIA PARA O ALCANCE DA MATERNIDADE ATRAVÉS DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA HETERÓLOGA. ESPAÇO VIRTUAL A FAVOR DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
CLAUDIA INÊS APARECIDA DA LOZZO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, WILZA VIEIRA VILLELA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, CLAUDIA INÊS APARECIDA DA LOZZO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, WILZA VIEIRA VILLELA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, CLAUDIA INÊS APARECIDA DA LOZZO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, WILZA VIEIRA VILLELA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO


Apresentação/Introdução
A capacidade de reprodução é uma ocorrência natural da vida para a grande maioria das mulheres, como conseqüências de uma vida sexual ativa.
Considerando a diversidade do universo feminino e o direito em decidir a maternidade ou não, se faz necessário refletir sobre a construção social e o significado da maternidade alcançada por meio de Técnicas de Reprodução Humana Assistida (RHA) com gametas doados.
Esta decisão como alternativa para maternidade, evidencia ruptura da representação sanguínea e genética para construção de vínculos de paternidade e filiação, assim como enfrentamento dos diversos obstáculos, conflitos e preconceitos de ordem pessoal e social.
A resistência imposta para entrevistar mulheres em instituições que realizam a RHA sugere que o silêncio, como utilizado como forma de “proteção”, reforça o preconceito e o sentimento estigmatizante, confirmado através da dificuldade em conversar com mulheres que vivenciaram a RHA heteróloga, pois a necessidade de proteção se perpetua nas relações em sociedade.
Entretanto, no mundo virtual, em blogs, sem ser identificada, sentem liberdade em buscar informações e falar sobre trajetórias vivenciadas para alcançar a maternidade.



Objetivos
Objetivo Geral :Identificar o conjunto de obstáculos enfrentados por mulheres que buscam alcançar a maternidade através de material genético de terceiros mediante Reprodução Humana Assistida Heteróloga.
Objetivos específicos:
-Identificar mecanismos desenvolvidos para solucionar problema de infertilidade, e aceitação de gametas doados.
-Identificar a importância das redes sociais quanto circulação de informações, troca de experiências e tomada de decisão quanto a maternidade alcançada por meio da RHA heteróloga.



Metodologia
Pesquisa com metodologia qualitativa, realizada no período de 2013 a 2016. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado a entrevista semiestruturada, realizada com Mulheres que decidiram alcançar a maternidade através processo de reprodução assistida com material genético de terceiros. A participação na pesquisa foi voluntária condicionada a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevistas foram agendadas, gravadas e transcritas para posterior análise. Uma entrevista aconteceu via skipe, devido a localização da participante.
Foram analisadas situações informais em: blogs com relatos de mulheres que passaram pelo processo de Reprodução Humana Assistida e que decidiram socializar suas experiências objetivando ajudar mulheres que buscam informações a respeito; Em sites de Clinicas e Hospitais que realizam a Reprodução Humana Assistida em São Paulo.



Discussão e Resultados
A pesquisa busca identificar os obstáculos enfrentados para o alcance da maternidade realizada por meio de material genético de terceiros. Duas instituições que realizam a Reprodução Humana Assistida, consentiram participar da pesquisa. Na Clinica, a aproximação para a entrevista aconteceu através do médico, mas o medo em falar sobre experiência ficou evidenciado através das diversas recusas das mulheres.
No Hospital, diversas foram as tentativas de aproximação para entrevistar pacientes da RHA. As diferentes justificativas quanto a necessidade de proteção, do silêncio reforçaram o preconceito voltado a infertilidade. Novas tentativas de entrevista com mulheres que já haviam alcançado a maternidade através de tratamentos e o medo de ter sua identidade conhecida, resultou em novas negativas.
O que se observa é que os avanços biotecnológicos da RHA possibilitam o alcance da maternidade, mas por outro perpetua o sentimento estigmatizante através da propagação do sigilo. O espaço virtual possibilita a circulação de informação, a troca de vivências, possibilita a comunicação e quebra de preconceitos que permeiam a aceitação de gametas doados para ao alcance da maternidade.



Conclusões/Considerações Finais
Os resultados parciais permitiram concluir que as mulheres que participaram das entrevistas assim como de conversas em sala de bate papo nos blogs:
1- Declararam que seus relatos poderiam ajudar outras mulheres que passam pelo momento de tomada de decisão em realizar a RHA Heteróloga.
2- Reconhecem a dificuldade em falar de forma clara, sem preconceito, sobre a utilização de gameta (s) doado(s).
3-.Demonstram em suas respostas obstáculos de diferentes ordens enfrentados no decorrer da trajetória em busca da maternidade.
4- Demonstram maior liberdade em falar no espaço virtual sobre sua história reprodutiva do que em entrevistas acadêmicas.

Diante do exposto, a dificuldade constatada para a realização das entrevistas, o sigilo observado nos atendimento especializado em RHA, a resistência em falar sobre vivências para alcançar a maternidade e a procura de informações em sala de bate papo virtual sem a necessidade de identificação, reforça a hipótese do preconceito, do fator estigmatizante.


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