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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 4 - Vulnerabilidade, Direito à Saúde e Humanização

11929 - REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS USUÁRIOS SOBRE A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NA ONCOLOGIA: A VIABILIZAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE.
ALINE LUIZA DE PAULO EVANGELISTA - UFC, MARIA SÔNIA LIMA NOGUEIRA - UECE


Apresentação/Introdução
Percebemos o trabalho do assistente social junto aos pacientes oncológicos, considerando o Serviço Social como profissão comprometida com a defesa intransigente dos direitos humanos, pautado na prevenção, na assistência e nos cuidados paliativos, baseando as ações para a viabilização de direitos, independente da natureza destes. A presente pesquisa pretendeu contribuir cientificamente para a categoria profissional do Serviço Social e também proporcionar a compreensão de como os usuários (pessoas com câncer) entendem o atendimento recebido, podendo fomentar futuras políticas públicas para a área oncológica a partir da relação direta existente entre o social e a saúde, servindo inclusive para a avaliação do serviço e melhorias na viabilização do direito à saúde. Compreendendo o Serviço Social como profissão capaz de favorecer o acesso à saúde, apresentamos na pesquisa as seguintes inquietações: quais as representações sociais que os usuários do Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ) possuem acerca do atendimento realizado pelo Serviço Social desta instituição? Como os usuários compreendem o atendimento recebido?


Objetivos
A presente pesquisa trata da prática do Serviço Social na Oncologia sob a óptica dos usuários (pessoas com câncer), considerando esta profissão atuante na garantia dos direitos desses sujeitos sociais. Tem como objetivo principal analisar as representações sociais que usuários do Hospital Haroldo Juaçaba possuem acerca do atendimento realizado pelo Serviço Social dessa Instituição. Como objetivo específico, apresentamos: perceber como estes usuários compreendem o atendimento recebido do Serviço Social.


Metodologia
O cenário de estudo é representado pelo HHJ, localizado no município de Fortaleza-CE, sendo este referência no tratamento oncológico e conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa é qualitativa, consistindo em um Estudo de Caso, sendo utilizado o diário de campo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas com a permissão dos entrevistados. Os sujeitos do estudo foram os pacientes com câncer em tratamento radioterápico e/ou quimioterápico, atendidos pelo SUS com idade mínima de 18 anos e assistidos pelo menos duas vezes na Casa Vida (casa de apoio), sendo estes acompanhados pelo Serviço Social. Utilizamos a Amostragem por Saturação e analisamos as informações pelo método Análise de Conteúdo Temática proposto por Bardin. Os principais conceitos discutidos: a prática do Serviço Social e a garantia do direito à saúde, em específico, na oncologia e representações sociais. O embasamento teórico partiu de autores consagrados como Durkheim, Marx, Weber e Iamamoto.


Discussão e Resultados
Os pacientes consideram os assistentes sociais importantes para o tratamento do câncer em relação à vida social e a garantia do direito à saúde. A orientação do Serviço Social é compreendida pelo termo “ensinar direito”, definindo a atenção prestada pelos profissionais, fazendo com que os pacientes sintam-se apoiados frente às necessidades geradas pelo enfrentamento do câncer, das tensões entre as normas institucionais e dos direitos negados pelo Estado. A representação social do assistente social para os pacientes como um profissional responsável pela proteção é perceptível. Proteção no sentido de caridade e não da viabilização dos direitos sociais. O assistente social tem o seu trabalho voltado para a garantia dos direitos dos usuários, viabilizando o acesso dos pacientes às políticas sociais, aos projetos, serviços, recursos e demais mecanismos existentes na sociedade. Os entrevistados explicam a importância do Serviço Social falando das dificuldades na moradia, no transporte, no tratamento e na alimentação, aparecendo como os principais aspectos para o Serviço Social na área da saúde, considerando os desafios da saúde pública nas conjunturas sociopolíticas brasileiras.


Conclusões/Considerações Finais
A atuação do assistente social na Oncologia possibilita a democratização do acesso às informações para os usuários sobre os seus direitos, objetivando a construção de consciências, sendo possível a realização de ações geradoras de mudanças significativas na vida desses sujeitos. Ressaltamos não apenas pela intervenção profissional, mas pela compreensão dos mesmos de que são atores sociais capazes de transformarem a sua condição social mesmo na fragilidade gerada pela doença enfrentada. Não podemos esquecer a ligação histórica da profissão com a prática assistencialista, no entanto, o Serviço Social é a profissão viabilizadora de direitos a partir da compreensão das demandas dos usuários dos serviços. Compreender as representações sociais dos pacientes sobre a prática do Serviço Social na Oncologia possibilita a intervenção profissional com uma linguagem mais próxima dos mesmos, saindo do eixo “auxílio-ajuda-amparo” e partindo para a percepção de “sujeitos de direitos”.


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