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Grupos Temáticos
11/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 13 - Acessibilidade e Deficiência |
10927 - PERCEPÇÃO SOBRE ASPECTOS DA ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ADQUIRIDA RESIDENTE DE ITAJAÍ/SC VANESSA GROH - UNIVALI, FRANCIELLY NALIN - UNIVALI, CLAUDIA HELENA JASPER - UNIVALI, TATIANA MEZADRI - UNIVALI, FABIOLA HERMES CHESANI - UNIVALI
Apresentação/Introdução A deficiência física é definida pela Organização Mundial da Saúde (2011) como a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função do corpo. Sabe-se, que as pessoas com deficiência física muitas vezes encontram dificuldades na sua trajetória de vida, deparando-se com barreiras de ordens ambientais e barreiras sociais.
A acessibilidade é um atributo essencial que precisa estar presente nos espaços públicos, no transporte, na informação e comunicação, garantindo a estas pessoas melhoria da qualidade de vida. Também desempenha o conceito de cidadania, no qual os deficientes físicos têm direitos por lei e que devem ser respeitados, entretanto, apesar destes direitos, ainda se deparam com as barreiras arquitetônicas. Nas periferias das grandes cidades, por exemplo, é observada a falta da acessibilidade, que se amplia devido às questões estruturais e culturais.
É importante ressaltar que a acessibilidade é um direito da pessoa com deficiência física. Essas pessoas devem ser mais incluídas no meio urbanístico para poderem viver mais independentes, pois de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Objetivos Destaca-se a acessibilidade arquitetônica como uma ferramenta para que as pessoas com deficiência física alcancem sua autonomia em todos os aspectos da vida. Desta forma, conhecer a percepção sobre acessibilidade da pessoa com deficiência física adquirida residente no município de Itajaí (SC) possibilitará ter uma visão atualizada sobre como incluir esta população que carece de maior atenção na sociedade, de acordo com suas devidas necessidades e demandas específicas.
Metodologia Pesquisa transversal de natureza quantitativa, envolvendo pessoas com deficiência física adquirida de ambos os sexos, residentes no município de Itajaí/SC.
As variáveis para caracterizar os participantes (idade, sexo, etnia, anos de educação formal e tipo de deficiência) e a acessibilidade nos espaços de uso coletivo (barras de apoio, rampas de acesso, calçadas adaptadas, portas e corredores alargados e escadas com corrimão) foram coletadas em cinco Unidades Básicas de Saúde, no Centro Especializado em Reabilitação, na Associação dos Deficientes Físicos da Foz do Rio Itajaí e na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.
Os dados foram analisados por estatística descritiva. Este trabalho é parte da pesquisa intitulada “O desafio da visão ampliada de saúde e da multideterminação do processo saúde doença das pessoas com deficiência física do município de Itajaí” que foi aprovada no Edital FAPESC Nº 01/2014 - PROGRAMA UNIVERSAL e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVALI (n. 694.257).
Discussão e Resultados Foram analisados dados de 64 pessoas com deficiência física adquirida residentes no município de Itajaí/SC. A idade variou de 14 anos a 88 anos, 56,3% eram do sexo masculino, 83,0% referenciaram-se brancos e 47,7% possuíam apenas o ensino fundamental, o que sugere baixa escolaridade.
No que se refere à deficiência, o tipo predominante foi paraplegia (26,6%), seguida por hemiplegia (14,1%), outras deficiências quando agrupadas totalizaram 59,3%.
Quanto à acessibilidade arquitetônica foi constatada, a partir dos dados coletados, a restrita acessibilidade para as pessoas com deficiência física nos espaços de uso coletivo do município de Itajaí/SC, em que, das 64 pessoas entrevistadas apenas 9,4% identificaram barras de apoio nos corredores, chuveiro e vasos sanitários de espaços públicos. Calçadas adaptadas, corredores e portas alargadas e escadas com corrimão foram pontuados por 1,6%, 7,8% e 1,6 dos indivíduos, respectivamente. A percepção de rampas de acesso foi relatada por 6,3% das pessoas com deficiência. Quanto ao transporte público, 4,7% dos respondentes assinalaram haver conduções adaptadas e vaga reservada de estacionamento.
Conclusões/Considerações Finais O desenvolvimento do presente estudo nos mostrou uma análise da percepção sobre alguns aspectos da acessibilidade da pessoa com deficiência física residente da cidade de Itajaí/SC. As limitações do estudo foram a seleção dos deficientes físicos e o tempo de aplicação do questionário. Para a seleção dos participantes era fundamental saber onde os deficientes vivem, mas percebeu-se que nas Unidades Básicas de Saúde estas informações estão desatualizadas e até mesmo existem poucos deficientes físicos cadastrados. As possibilidades do estudo foram de conhecer a realidade de onde vive este deficiente físico, a percepção de acessibilidade dos espaços de uso coletivos na cidade de Itajaí/SC.
Com esse estudo conclui-se que na visão do deficiente físico ainda existe muitas barreiras arquitetônicas no meio urbano, que não os favorecem. Impossibilitando o desempenho de locomoção impedindo a pessoa de ter uma autonomia de ir e vir aonde desejar.
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