10/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 23 - Educação em Saúde- Diferentes Estratégias para Trocas e Produção de Saberes e Conhecimentos |
11706 - ATIVIDADE FORMATIVA PARA A EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NATÁLIA MULLER MONTEIRO - UEMS, CÁSSIA BARBOSA REIS - UEMS
Período de Realização da experiência Experiência desenvolvida de junho de 2015 a março de 2016.
Objeto da experiência O enfermeiro encontra na legislação respaldo teórico para o desenvolvimento do Processo de enfermagem (PE), através da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Contudo é necessário a capacitação e sensibilização desses profissionais com relação aos principais itens relacionais a sistematização, tais como teorias de enfermagem, que são o respaldo teórico para poder se efetivar na prática; etapas do processo de enfermagem e terminologias ou classificações de enfermagem.
Assim, o objeto desta experiência foi implantação do PE com ênfase na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) e na montagem do instrumento para registro de todas as etapas do PE.
Objetivo(s) Realizar uma atividade formativa com os profissionais das Equipes das Estratégias de Saúde da Família do município de Glória de Dourados, sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem, através de oficinas de capacitação.
Realizar um planejamento para a Implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem.
Desenvolver um instrumento para a aplicação do Processo de Enfermagem na Estratégia de Saúde da Família.
Metodologia Foi utilizada a Teoria da Problematização que percorreu as cinco etapas do Arco de Manguerez. Ocorreram oficinas sobre as teorias de enfermagem e as etapas da SAE, com os profissionais enfermeiros das ESF de Gloria de Dourados/MS utilizando metodologias ativas para que fosse um processo interessante e participativo. Também foram convidados profissionais de outros municípios para auxiliar e participar das oficinas, com adesão de duas enfermeiras de município vizinho. Nas 3 primeiras oficinas, foram determinadas as prioridades com relação as etapas do processo de enfermagem e por fim na quarta oficina foi elaborado um instrumento para realização da SAE. Após 5 meses de utilização do processo de enfermagem foi realizado um encontro, na forma de Grupo Focal, onde foram coletados dados da experiência dessa prática, dificuldades, facilidades, melhoras ou não na assistência, experiências sobre as oficinas, sobre a montagem do instrumento e a aplicação a prática de todos envolvidos.
Resultados Para a implantação da SAE e PE, os enfermeiros estudaram as teorias e identificaram três, que foram as bases para a sistematização no município: teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Horta (a principal) e teoria do Autocuidado de Dorothea Oren e teoria da Adaptação da Sister Calixta Roy (auxiliares). Dessa maneira percebemos que todas oficinas planejadas foram realizadas, com determinada eficácia e participação de todos enfermeiros do município e de município vizinho. Foi também elaborado um instrumento, embasado nas teorias e nas necessidades dos indivíduos. Observando as peculiaridades de cada enfermeiro e das características de cada equipe, o instrumento foi aplicado por quatro meses, até a realização do grupo focal, que avaliou todo esse processo formativo e o resultado da aplicação do instrumento no cotidiano das ESF. Na elaboração e aplicação desse instrumento houve a participação de todos os enfermeiros.
Análise Crítica Observou-se que a implantação da SAE trouxe vantagens para o paciente, com uma assistência segura e de qualidade, organizada, sistematizada e individualizada com a participação do próprio individuo nesse processo e ações multiprofissionais. Com relação ao profissional, este adquiriu mais autonomia, procurou aprimorar seus conhecimentos e aplicá-lo, bem como percebeu as lacunas na sua formação. Desta forma foram levantadas questões a serem estudadas e aprimoradas na sequencia dos trabalhos.
Conclusões e/ou Recomendações Pode-se concluir que o processo educativo e aplicativo descrito foi positivo para o enfermeiro das ESF e recomenda-se a aplicação do processo de enfermagem para todos os pacientes e comunidade atendida pelas ESF. Entretanto, há de se desenvolver estratégias para ampliar as possibilidades de fazer a sistematização da assistência e não só aplicar o PE de forma a ampliar a visibilidade do trabalho do enfermeiro na atenção básica a partir do seu trabalho e não do desenvolvimento de tarefas rotineiras mas sem caracterização profissional.
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