12/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 23 - Inovações em Saúde - Invetividades nas Práticas de Produção em Saúde |
10858 - RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A PARTICIPAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NAS AÇÕES DE SAÚDE MENTAL TALITA XAVIER CLAUDINO - UFMT
Período de Realização da experiência A experiência foi realizada de março a maio de 2014.
Objeto da experiência O estudo teve o trabalho dos Agentes comunitários de saúde (ACS) como foco, motivada pela inquietação em conhecer as atividades dos profissionais na área de saúde mental.
Objetivo(s) O objetivo da experiência foi identificar as ações dos Agentes comunitários de saúde no campo de saúde mental e propor melhorias nas intervenções.
Metodologia Trata-se de um relato de experiência numa Estratégia de Saúde da Família (ESF) no município de Rondonópolis-MT com a realização de rodas de conversa com os ACS, momento oportunizado para que eles expressassem seus conceitos e práticas a respeito de saúde mental com as famílias, como cadastramento, abordagens e orientações gerais. A análise e discussão basearam-se em referências de pesquisadores acerca do assunto.
Resultados Na primeira atividade, todos os ACS relataram que no cadastramento das famílias verificavam a presença de pessoas com deficiência física e mental, se houvesse, questionavam o tratamento, patologia e orientavam para agendamento de consultas. Sobre outros dispositivos todos falaram que haviam os Centros de atendimento psicossocial (CAPS), residências terapêuticas e o Centro de assistência psicossocial (CIAPS). Quanto à educação em saúde e educação continuada sobre saúde mental, responderam que não realizavam atividades educativas, porque o enfermeiro e médico tinham maior preparo para abordar o tema. Sobre a educação continuada, alegaram que discutiam os casos nas reuniões de equipe e que não tiveram curso de capacitação sobre saúde mental.
Análise Crítica Poderíamos afirmar que dos ACS se espera comumente que realizem três ações em Saúde Mental: identificação de casos novos, supervisão de casos conhecidos (uso da medicação e flutuações dos quadros) e encaminhamento aos profissionais de nível superior da equipe daqueles não tratados ou desestabilizados (BRASIL, 1999). A rede de saúde mental pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, CAPS, residências terapêuticas, leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com o Programa de Volta para Casa. O enfermeiro da unidade foi alertado para a realização de capacitações de saúde mental para toda a equipe assim como outras temáticas. A educação permanente deve ser entendida como conjunto de práticas educacionais planejadas no sentido de promover oportunidades de desenvolvimento do profissional, com a finalidade de ajudá-lo a atuar mais efetiva e eficazmente na sua vida institucional (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
Conclusões e/ou Recomendações No último encontro, foi fornecido o Caderno de atenção básica de saúde mental aos ACS, discutimos todos os itens e foram orientados a utilizá-lo em suas atribuições. A experiência permitiu identificar que a educação continuada é essencial para a execução do trabalho com embasamento científico, que favorece segurança nas orientações e ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. Os ACS possuem costumes similares aos demais moradores, contudo como integrantes da ESF precisam de qualificação para lidar com os diversos problemas de saúde, inclusive os de ordem psíquica.
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