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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 35 - Práticas de Cuidado, Promoção da Saúde e Formação em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas

11884 - A EXPERIÊNCIA DE OFICINAS TERAPÊUTICAS À USUÁRIOS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
THOMAZ ADEMAR NASCIMENTO RIBEIRO - UFMT, VANESSA ERIKA PEREIRA SILVA CARDOSO - UFMT, GEFFERSON WANDELES SOARES DOS SANTOS - UFMT, ALCINDO JOSÉ ROSA - UFMT, ANGÉLICA FÁTIMA BONATTI - UFMT


Período de Realização da experiência
A experiência a ser descrita foi realizada entre maio de 2015 e maio de 2016.


Objeto da experiência
A implantação de oficinas terapêuticas para usuários em sofrimento psíquico das áreas adscritas de duas unidades da Estratégia de Saúde da Família (ESF), localizadas no município de Rondonópolis-MT. A realização das atividades se deu a partir da inclusão de profissionais das áreas de psicologia, enfermagem e farmácia oriundos do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal de Mato Grosso-Campus de Rondonópolis.


Objetivo(s)
Ampliar a compreensão dos trabalhadores e usuários acerca dos processos saúde/doença, considerando seus condicionantes e determinantes. Assegurar maior integralidade na assistência ao sujeito em sofrimento psíquico acompanhados pela ESF. Fortalecer o entendimento dos trabalhadores e usuários acerca da medicalização da vida.


Metodologia
Inicialmente fora realizado diagnóstico situacional e identificada a demanda de usuários em sofrimento psíquico. Diante disto, os profissionais residentes implantaram nas duas ESFs, oficinas terapêuticas que se operacionalizavam quinzenalmente no período vespertino trabalhando com temas livres sugeridos pelos próprios usuários, utilizando-se de artes como: pintura, música e textos literários. Além disso, foram realizadas atividades de educação permanente com as equipes das unidades, com o intuito de ressaltar a importância dessa estratégia de trabalho. Não há critérios de inclusão ou exclusão, a participação é livre, inclusive de usuários cadastrados em outras ESFs.


Resultados
As oficinas promoveram protagonismo do sujeito a respeito do seu autocuidado, participando de maneira ativa na análise de sua condição de saúde. Durante as atividades os participantes manifestaram a importância de haver momentos de convivência entre a equipe e a comunidade que favoreçam a troca de experiência e o aprendizado por meio dela. Constatou-se uma mudança na postura dos profissionais de saúde diante de sujeitos em sofrimento psíquico, uma vez que, houve reflexão sobre a prática e ações como empatia, escuta e suporte aos usuários. As oficinas estimularam a criatividade dos envolvidos quando estes expressaram suas vivências e estratégias de enfrentamento por meio da arte e liberdade da fala.


Análise Crítica
Compreendemos que as ações em saúde mental na ESF podem e devem ser realizadas por todos os profissionais de Saúde, uma vez que o cuidado interdisciplinar contribui para superar a racionalidade biomédica que concentra um olhar fragmentado, curativista e individualista. Iniciativas como esta vem com objetivo de ampliar o atendimento em saúde mental para além das “trocas de receitas” comumente realizadas na ESF, já que as oficinas permitem o alcance da integralidade na assistência, pois, considera a singularidade do sujeito promovendo espaço que possibilita o acesso a própria subjetividade. Observa-se que ainda existem profissionais que apresentam certa resistência, no que diz respeito ao atendimento de usuários em sofrimento psíquico, sendo necessárias alternativas que propiciem o estabelecimento de vínculo entre profissionais e usuários.


Conclusões e/ou Recomendações
As oficinas promoveram o ensino de habilidades que minimizaram os sintomas de sofrimento e favoreceram a inclusão social dos usuários no território onde vivem e trabalham. Dessa forma, iniciativas como estas devem ser fomentadas no contexto da ESF com o objetivo de alcançar os princípios do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica. Também é importante que os profissionais sejam sensibilizados para colocar-se de modo empático como ouvinte e cuidador nos momentos em que estiverem no atendimento às pessoas em sofrimento psíquico.


Realização:



Apoio:




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