10/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 36 - As Redes de Atenção à Saúde |
11565 - A BUSCA ATIVA DOS COMUNICANTES DA HANSENÍASE NO PSF II DO BAIRRO SANTA ISABEL – CUIABÁ/MATO GROSSO MICHELLE HARANAKA IDE ESPERANÇA - UFMT, ALBA REGINA SILVA MEDEIROS - UFMT, LIDIANNI CRUZ SOUZA - UFMT, PATRICIA DOS SANTOS ARRUDA - UFMT
Período de Realização da experiência O Projeto de intervenção foi realizado no período de Fevereiro a Maio de 2016.
Objeto da experiência Usuários portadores de hanseníase e contatos.
Objetivo(s) Geral
Contribuir no planejamento das ações de acompanhamento dos usuários e seus contatos na Unidade Básica de Estratégia de Saúde da Família (UBESF) II no bairro Santa Isabel – Cuiabá MT.
Específicos
• Identificar os contatos da Hanseníase por meio dos prontuários nos últimos 10 anos;
• Criar um instrumento para atualização dos dados dos usuários e do mapa da hanseníase por microárea, na referida UBESF II.
Metodologia O Projeto de Intervenção é um pré requisito do estagio realizado a partir da teoria da problematização (Arco de Maguerez). O cenário da intervenção se deu no campo de estágio do Curso de Graduação em Saúde Coletiva, da Universidade Federal de Mato Grosso (CGSC/UFMT), no bairro Santa Isabel, UBESF II.
Os atores envolvidos foram os trabalhadores da saúde; 2 estagiárias e 3 professoras do CGSC; usuários portadores de hanseníase que fizeram o tratamento nos últimos dez anos e os contatos.
Utilizou-se dos prontuários existentes e foram elaborados dois instrumentos (questionários aplicados, com 13 e 10 questões abertas e fechadas) para coletar os dados dos usuários e seus comunicantes respectivamente, que foram aplicados pelas Agentes Comunitárias de Saúde (ACS). Antes da aplicação dos questionários realizou-se uma Roda de Conversa com todos os envolvidos. A avaliação foi realizada por todos os envolvidos na intervenção.
Resultados Permitiu-se com esta intervenção a reciclagem, o debate e assim sanar as algumas duvidas sobre a doença entre a equipe, além de fortalecer o trabalho em equipe; o cuidado aos usuários de forma mais integral e a importância do planejamento das ações no programa de prevenção e controle da Hanseníase nesta área de abrangência.
Foram criados os dois instrumentos de coletas de dados dos usuários e dos contatos; identificados os 14 casos e 38 contatos da Hanseníase por microárea e com base nas respostas dos questionários aplicados, os prontuários e mapas foram atualizados e identificado as microáreas com maiores incidências da doença para a busca ativa e medidas de prevenção e promoção, para acompanhamento eficaz dos usuários e contatos pela equipe da saúde.
Percebeu-se a existência de 04 contatos (1 criança, 2 adultos e 1 idoso) que apresentavam sinais e sintomas e que não foram acompanhados e não realizaram o diagnostico e tratamento até o momento da pesquisa.
Análise Crítica As limitações encontradas foram quanto às mudanças de endereço; a resistência em fornecer as informações sobre os moradores da residência e a existência dos sinais e sintomas, pois havia muitas crianças como contatos que não foram informadas.
As informações atualizadas são de extrema relevância para o planejamento das ações da equipe. Os casos e contatos não identificados são preocupantes, pois as sequelas deixadas pela doença são graves.
O ambiente domiciliar é apontado como importante espaço de transmissão da doença e o cuidado com os contatos é uma estratégia para a redução da cadeia de transmissibilidade, a fim de detectar a doença mais precocemente evitando consequências do diagnóstico tardio e estigma social.
As equipes de saúde da família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade dos profissionais com os usuários e a comunidade, com o desafio de ampliar as fronteiras de atuação e resolubilidade da atenção.
Conclusões e/ou Recomendações Com a elaboração dos instrumentos para atualização dos dados; a criação do banco de dados por microáreas e o mapa de hanseníase atualizado espera-se de forma eficaz e eficiente contribuir no controle da hanseníase que é um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil, devido a sua magnitude e poder incapacitante. E por esse motivo, o cuidado deve começar na atenção primária, através da busca ativa e a orientação à população da importância do diagnóstico precoce e controle da doença, que é uma das principais formas para a prevenção e não agravamento da doença.
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