10/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 36 - As Redes de Atenção à Saúde |
11638 - LIMITES DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NO CUIDADO A IDOSAS MARIA ALAYDE MIRANDA DE OLIVEIRA NETA - FCMPB, VICTOR MACEDO MACHADO FREIRE - FCMPB, FERNANDA BRITO RIBEIRO - FCMPB, KERLE DAYANA TAVARES DE LUCENA - FCMPB, RODRIGO POLICARPO LIMA - FCMPB
Apresentação/Introdução O envelhecimento vem sendo um problema de saúde global, tendo em vista a ausência de políticas públicas suficientes para atender a demanda crescente de idosos e suprir integralmente suas necessidades em saúde. Inicialmente, fruto da caridade cristã, as Instituições de Longa Permanência para Idoso (ILPI) surgiram com o intuito de receber e cuidar de idosos desabrigados, ou que a família não pôde prestar assistência necessária à idade. Na maioria das vezes, o que acontece nessas instituições é a não adaptação dos idosos na nova moradia, sendo esse o aspecto de maior desafio encontrado para que possa ser mantido sempre um ambiente equilibrado. Se na ILPI houver um ambiente harmonioso, haverá uma influência positiva no cuidado à saúde do idoso, que, ao atingir determinada idade, necessita de atenção peculiar, de modo que, muitas vezes, não está sendo suprida no ambiente familiar, levando-os a procurar alternativas paralelas.
Objetivos Identificar os limites da institucionalização na saúde da idosa através do relato de uma idosa que reside em um ILPI há um ano.
Metodologia Trata-se de pesquisa qualitativa no formato de relato de experiência ocorrida em uma instituição de longa permanência, na cidade de João Pessoa – PB, no período de fevereiro a junho de 2016, do projeto PESI - Cuidar (Projeto de Extensão de Saúde do Idoso) da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba.
Discussão e Resultados H. M. W., 80 anos, natural de Rio Tinto, hipertensa. Mãe de 8 filhos, veio para instituição asilar há um ano depois de sua família constatar que não tinha mais condições para cuidar dela. A idosa relata gostar da ILPI, contudo, por ainda acreditar ter autonomia e independência para realizar toda e qualquer atividade da vida diária, transparece o desejo de sair do asilo e voltar a viver com algum filho. Sente-se abandonada na instituição, apesar de sempre receber a visita da família nos finais de semana, e afirma que antigamente tinha uma vida muito mais alegre, convivendo com seus 19 netos. Relata ainda o descaso de funcionários do asilo ao deixarem seu quarto molhado, o que resultou em uma queda, com consequente luxação de região lombar e do quadril. A idosa em questão, apesar de toda autonomia relatada por ela, mostra-se dependente de cuidados especiais, uma vez que já sofreu um Acidente vascular Cerebral (AVC) e nem sempre demonstra lucidez durante as visitas.
Conclusões/Considerações Finais A inclusão do idoso às ILPI, além de fornecer cuidados de saúde, moradia, alimentação e entretenimento, deve voltar-se também para o lado emocional e psicológico dessas pessoas ao chegarem a essa etapa da vida. É preciso haver uma maior conscientização dos cuidadores nessas instituições, para que além dos cuidados com a saúde, mostrem-se capazes de cuidar também desse idoso globalmente, abordando todos os seus aspectos biopsicossociais.
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