11/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 36 - Gestão do Cuidado, Territorização e Participação Social |
11544 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM COMUNIDADES VULNERÁVEIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA TACIANA SILVEIRA PASSOS - UNIVERSIDADE TIRADENTES, BEATRIZ SANTANA PRADO - UNIVERSIDADE TIRADENTES, TATYANE ANDRADE DOS SANTOS - UNIVERSIDADE TIRADENTES, DEYSE MIRELLE SOUZA SANTOS - UNIVERSIDADE TIRADENTES, CRISTIANE COSTA DA CUNHA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE TIRADENTES
Apresentação/Introdução A educação em saúde constitui um conjunto de saberes e práticas orientados para a prevenção de doenças e promoção da saúde. Em conformidade com o princípio da integralidade, a abordagem do profissional de saúde não deve se restringir à assistência curativa, buscando dimensionar fatores de risco à saúde e, por conseguinte, a execução de ações preventivas. Desta forma, a educação em saúde é um espaço importante de construção e veiculação de conhecimentos e práticas relacionados aos modos como cada cultura concebe o viver de forma saudável, quanto como uma instância de produção de sujeitos e identidades sociais. No campo das práticas de saúde, existe uma diversidade de modelos de educação em saúde e, considerando o que estas abordagens têm em comum, é possível agrupá-las em duas vertentes principais: o modelo tradicional ou preventivo e o modelo radical.
Objetivos Realizar revisão sistemática da literatura para verificar o desenvolvimento de projetos, programas ou experiências de educação em saúde para as comunidades vulneráveis no Brasil, no período de 2005 a 2015.
Metodologia Foi realizada uma pesquisa nas seguintes bases de dados: SCIELO, PUBMED e LILACS utilizando palavras-chave combinadas. Foram aceitos artigos em inglês, português e espanhol, no período de 2005 a 2015. Para proferir uma melhor análise e discussão, os conteúdos extraídos dos estudos foram subdivididos em categorias temáticas, empregando o operador booleano and na associação entre os seguintes descritores: “Comunidade vulnerável”, “Comunidades Vulneráveis”, “Educação em Saúde”, e “Grupos Populacionais Específicos”. Utilizados os termos da pesquisa acima descritos e a partir dos resultados, filtrados por idioma e período de tempo foram escolhidos os artigos pelos títulos e resumos. Foram incluídos artigos originais que abordassem o desenvolvimento ou necessidade de educação em saúde realizadas em comunidades vulneráveis. Excluiu-se as publicações duplas ou cujo título e resumo não correspondiam ao objetivo da revisão sistemática.
Discussão e Resultados Obteve-se um total de 1142 artigos, sendo selecionados 06 trabalhos que preencheram os critérios de inclusão. Os resultados demonstram uma persistência quanto às vulnerabilidades relacionadas às questões de saúde, bem como para a dificuldade de promoção dos processos inclusivos das políticas públicas de saúde para essas comunidades. Dentre os artigos analisados, as abordagens sobre educação em saúde em comunidades vulneráveis foram: Trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde frente às demandas do território; Moradia Universitária com estudantes de baixa renda sobre assuntos do nível primário do Sistema Único de Saúde; mulheres em acompanhamento de pré-natal e exame citopatológico em um bairro de periferia; Necessidade de educação em saúde sobre parasitos intestinais numa comunidade indígena; Necessidade de Informações sobre saúde para Mães Imigrantes de países sul-americanos para uma metrópole do Brasil; Racismo e Violência em comunidades quilombolas. Dos artigos analisados 03 encontraram resultados efetivos nas intervenções, projetos e ou programas de educação e saúde em comunidades vulneráveis, os outros 03 abordaram a necessidade de educação em saúde nessas comunidades.
Conclusões/Considerações Finais Estudos que abordem resultados de educação e saúde em comunidades vulneráveis brasileiras ainda são escassos. As atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas nesse contexto, com características multidisciplinares, interinstitucionais e transculturais tem se revelado de suma importância para a formação de profissionais comprometidos com a diversidade e com a busca da equidade. Ressalta-se a importância do desenvolvimento de estudos com a temática, da educação em saúde que é uma ferramenta para direcionar e contribuir para a implementação de ações de promoção da saúde, prevenção e controle das doenças nestas comunidades.
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