12/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 39 - Minorias Étnicas/Saúde Indígena/Interculturalidade |
11628 - ANÁLISE DA RAÇA/COR DA FICHA DE NOTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/AUTOPROVOCADA COMO INSTRUMENTO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA NA PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE EZIANE DE FATIMA PARAENSE DA COSTA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, NADJA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO DE SOUSA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, ADILLA ARANTES PEREIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, ISABELA MONTICELLI FONSECA RIBEIRO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, VALÉRIA REGINA VEIGA ARANTES - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Período de Realização da experiência Iniciada a partir de Janeiro de 2015 a Maio de 2016.
Objeto da experiência No intuíto de contextualizar de forma mais efetiva o perfil epidemiológico da Violência se fez necessário uma análise do banco de dados do SINAN ( Sistema de Informação de Agravos de Notificação) sob o aspecto raça/cor constatou-se que há uma prevalência da cor parda e que historicamente associa-se com o perfil das pessoas mais vulneráveis e que com essas caracteristicas enquadra-se no mapa da violência.
Objetivo(s) Hoje é praticamente unânime a idéia de que a violência não faz parte apenas da natureza biológica,mas que representa um fenômeno biopsicossocial. Nesse contexto a análise da cor/ raça na ficha de notificação de violência passa a ter valia ao fornecer ações de vigilância em saúde, a medida que, proporciona a visualização da violência sob o aspecto social e o conhecimento e detecção de fatores determinantes e condicionantes do processo saúde doença, recomendando e implementando medidas de promoção e proteção da saúde da população individual e coletiva.
Metodologia Utiliza-se como metodologia o incentivo do preenchimento do campo 13 da ficha de notificação de violência pelas unidades notificadoras durante as capacitações e ou atividades educativas realizadas pela área para que se qualifique as informações do banco de dados do SINAN permitindo uma análise de dados específicos como raça/cor estabelecendo um perfil epidemiológico baseado na identificação desse item da ficha como forma de especificação e ou conhecimento da vítima que está sofrendo violência no município de Palmas.
Resultados Obteve-se como resultado uma conscientização pelos profissionais que notificam, quanto a importância do preenchimento do campo 13 da ficha de violência, e com isso, teve-se uma qualificação do banco de dados e também em comparação aos outros campos da ficha obtivemos dados que nos proporcionou um mapeamento das áreas de maior vulnerabilidade para as violências, propondo ações de intervenção para prevenção da violência e promoção da saúde individual e coletiva.
Análise Crítica Entende-se que por ser uma estratégia relevante a análise sob aspectos quanti-qualitativos da raça/cor da ficha de violência foi se suma importância a medida que proporcionou uma identificação qualificada do banco e reconhecimento dos profissionais quanto ao preenchimento do campo 13 da ficha de violência e se tenham dados de maior relevância para a gestão da vigilância em saúde no município de Palmas.
MINAYO & SOUZA (2001) caracteriza a violência como fenômeno de conceituação complexa, polissêmica e controversa. Este fato de deve pela questão de que a violência é um problema de saúde pública que possue várias causas.
Conclusões e/ou Recomendações Diante do reconhecimento dessa realidade que vivenciamos no município de Palmas a área técnica entende que é de suma importância a capacitação e o estabelecimento de metodologias de monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas pela área em prol da elaboração de políticas públicas voltadas não só para a articulação de intervenções mais especificas no campo da saúde mais também para a prevenção das Violências na perspectiva de uma linha de cuidado integral e dos direitos humanos.
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