12/10/2016 - 10:45 - 12:00 GT 36 - Perspectivas Diversas sobre Saúde Coletiva (II) |
11096 - CARACTERÍSTICAS DOS PARTICIPANTES E A AVALIAÇÃO DO CURSO DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (CDG-SUS) EM CUIABÁ – MATO GROSSO MARIANNE CARDOSO JULIO - ISC/UFMT, ALBA REGINA SILVA MEDEIROS - ISC/UFMT, NEUCIANI FERREIRA DA SILVA. - ISC/UFMT
Apresentação/Introdução Este trabalho apresenta o estudo dos Cursos de Desenvolvimento Gerencial do Sistema Único de Saúde (CDG-SUS), no município de Cuiabá, nos anos 2010, 2011 e 2014. Trata-se de um projeto de capacitação aos trabalhadores do SUS pautada na Política Nacional de Educação Permanente (PNEP).
O CDG-SUS é desenvolvido pelo Núcleo de Desenvolvimento em Saúde do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (NDS/ISC/UFMT) em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (CEPES/UERJ/LAPPIS), Conselho Municipal de Secretários de Saúde (COSEMS/MT) e as secretarias municipais de saúde.
O curso incorporou a participação dos gestores, trabalhadores da saúde e usuários, na sua formulação, execução e avaliação, como forma de fortalecer as parcerias entre as instituições de ensino e pesquisa, os serviços de saúde local e a comunidade.
Baseado nas fichas de avaliações dos participantes criou-se o banco de dados e realizou-se a análise quantitativa e qualitativa possibilitando aos organizadores do CDG-SUS conhecer as características dos participantes e se o instrumento de avaliação utilizado atende expectativa esperada.
Objetivos Conhecer as características dos participantes dos CDG-SUS Cuiabá;
Analisar as fichas de inscrição e avaliação respondida pelos participantes em 2010, 2011 e 2014;
Apontar possíveis fragilidades no instrumento de avaliação do Curso.
Metodologia A abordagem metodológica foi quanti-qualitativo. A população de estudo foi de 155 inscritos, e destes, 84 preencheram a ficha de avaliação do curso. A fonte de dados utilizada foi secundária, sendo que as fichas foram disponibilizadas pelo NDS e CDG-SUS. As fichas de inscrição e avaliação foram digitadas e transformadas em números absolutos e frequência relativa (estatísticas descritivas). A ficha de avaliação possui 8 questões fechadas e 3 abertas, totalizando 11. As questões avaliam o curso quanto aos seus objetivos; conteúdo; metodologia; material didático; tutores, estrutura física e uma autoavaliação dos participantes; possíveis mudanças com a equipe e suas práticas. Criou-se uma matriz de análise com cinco categorias de acordo com os conteúdos temáticos, seguindo a técnica de Bardin (1997).
Discussão e Resultados Dos 155 inscritos, 101 concluíram o curso, o que corresponde a 65,1% e um total de 84 participantes responderam as fichas de avaliação, que equivale a 83,1%.
Predomina-se a participação do sexo feminino (78,1%); faixa etária de 30 a 39 anos (35,5%); 52,3% possuem pós-graduação completa ou incompleta maior percentual com pouco tempo de serviço (33,5%) na saúde pública; 40% de cargo comissionado e o tipo de vínculo com a maior parte de contrato temporário (36,1%) e os trabalhadores concursados, apenas 8,4%.
Na ficha de avaliação, 10 das 11 questões foram analisadas, sendo que no agrupamento “recursos didáticos e pedagógicos do curso” a maior avaliação é referente ao domínio dos tutores.
Os conteúdos ministrados considerados mais importantes e bem avaliados foram “Planejamento e Gestão”, “Cuidado com o Usuário” e “Educação Permanente”.
Houve uma queda no percentual quando se avaliou os recursos físicos estruturais e audiovisuais utilizados para o desenvolvimento dos cursos, lembrando que estes são de responsabilidade do município.
Aproximadamente metade dos participantes disse ter uma participação individual muito boa no curso e melhora nos trabalhos em grupos.
Conclusões/Considerações Finais Os resultados obtidos possibilitou conhecer as características dos participantes e a avaliação entre as quatro edições do curso.
Os cursos obtiveram uma avalição positiva, o que faz acreditar no potencial de formação e capacitação daqueles que o realizam, com potencial de provocar expectativa de mudanças e colaborar para o fortalecimento do SUS e de suas práticas pretendendo modificar os seus modos de trabalho individual e com a equipe.
Uma limitação foi a impossibilidade de correlacionar os dados dos participantes inscritos com as respectivas fichas de avaliação.
Uma das sugestões seria acrescentar, na própria ficha da avaliação, as questões sobre características dos participantes, a motivação que o curso proporcionou e uma lista dos itens que o participante acha, que pode melhorar após o curso.
As avaliações são imprescindíveis no processo de ensino aprendizagem
para orientar o desenvolvimento do curso, pois possibilita identificar os acertos, traçar metas e propor modificações.
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