12/10/2016 - 10:45 - 12:00 GT 36 - Perspectivas Diversas sobre Saúde Coletiva (II) |
11955 - PROCESSOS FORMATIVOS ACOLHIMENTO E INTERVENÇÃO BREVE PARA TRABALHADORES QUE ATUAM JUNTO A USUÁRIOS DE CRACK E OUTRAS DROGAS E SEUS FAMILIARES - CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE. MARTA DE LIMA CASTRO; DELMA PERPETUA OLIVEIRA DE SOUZA - UFMT
Período de Realização da experiência Março a outubro de 2015.
Objeto da experiência Tutoria dos processos formativos para trabalhadores vinculados a Rede de Atenção Psicossocial (Centro de atenção Psicossocial - CAPS álcool e drogas, CAPS infantil), Rede de atenção básica (Estratégia de Saúde da Família) e a Rede de Assistência Social (Centro de Referência de Assistência Social-CRAS e Centro de Referência Especializado de Assistência Social -CREAS) para consolidação de uma rede intersetorial de assistência e reinserção ao usuário de Crack, outras drogas e seus familiares.
Objetivo(s) GERAL:
Desenvolver habilidades teóricas e práticas entre trabalhadores do SUS e Sistema Único Assistência Social (SUAS) para intervenção junto a assistência e reinserção social aos usuários de crack, outras drogas e seus familiares.
ESPECIFICO:
Identificar e compreender o contexto profissional através problematização para intervenção visando atitudes colaborativas e de trabalho em equipe aplicado no cuidado de pessoas usuárias de drogas e seus familiares.
Metodologia Usou a problematização na construção do projeto de intervenção através da abordagem de pesquisa-ação junto aos trabalhadores do SUS e SUAS. Após a identificação do problema, desenvolveu as seguintes fases: planejamento da pesquisa-ação; coleta de dados; análise/intervenção e avaliação. Os dados foram coletados utilizando questionários e perguntas norteadoras. Para os dados quantitativos realizou análise de frequência simples e analise de conteúdo para os qualitativos.
Resultados O Centro Regional de Referência/Instituto de Saúde Coletiva/UFMT realizou o processo formativo com 8 oficinas, 40 horas de base teórica e 40 horas no campo prático, com a participação de 37 trabalhadores certificados. Resultou quatro trabalhos, três deles foram desenvolvidos em Unidades de Estratégia de Saúde da Família e trataram do trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS) na identificação e prevenção da dependência química, o outro trabalho, abordou a representação da recaída em dependentes químicos tratados na unidade III Ciaps Adauto Botelho.
Análise Crítica Dentre a complexidade de compreender e intervir na dependência química e suas consequências sociais, a problematização propiciou a motivação do profissional em seu próprio campo de atuação, o comprometimento e responsabilização dos atores envolvidos no processo.
A reflexão permanente da prática, além de tentar compreender o porquê, busca propor melhores alternativa de modificação da realidade. Este processo constitui mecanismo emancipatório dos trabalhadores, nesse sentido os processos formativos trouxeram aos participantes um novo modo de atuação, que vem ao encontro das políticas de enfrentamento do uso de crack e outras drogas.
Os impactos das intervenções só poderão ser mensurados no cotidiano institucional que permitirá compreender melhor as transformações decorrentes dessas ações.
Conclusões e/ou Recomendações A adoção da metodologia da problematização com abordagem de pesquisa-ação foi pertinente e necessária para obter o conhecimento da complexidade que envolve o usuário de Crack e outras drogas. Bem como a conexão entre os diversos atores e instituições que atuam na prevenção, atenção e reinserção social do usuário de crack e outras drogas. Neste sentido conclui-se a necessidade de políticas de educação continuada em serviço.
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