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12/10/2016 - 10:45 - 12:00
GT 36 - Perspectivas Diversas sobre Saúde Coletiva (II)

12138 - “ESSA CIRANDA NÃO É MINHA SÓ”: A RESIDÊNCIA EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE COMO ESTRATÉGIA FORMATIVA NO E PARA O SUS.
GEORGIA SILVA ROMCY - FSP/USP, ANA PAULA SILVEIRA DE MORAIS VASCONCELOS - RIS-ESP/CE, CLEIDE LAVIERI MARTINS - FSP/USP


Período de Realização da experiência
A experiência ocorreu durante o período de maio de 2014 a maio de 2016


Objeto da experiência
O objeto desta experiência é a vivência profissional e formativa no Sistema Único de Saúde (SUS) enquanto residente em área profissional de saúde, na ênfase de Saúde Mental Coletiva, em um programa do Estado do Ceará. Tendo em vista a dimensão pedagógica que o SUS assume na formação de seus recursos humanos e a instituição da Educação Permanente em Saúde (EPS) como uma estratégia de desenvolvimento dos trabalhadores deste campo, sendo a Residência em área profissional da Saúde (RAPS) uma das ações apontadas pela Portaria Nº194/2004 para a qualificação profissional, partimos da exposição e discussão desta modalidade de ensino em serviço, caracterizada pela sua complexidade de relações.


Objetivo(s)
Relatar a experiência em um programa de residência multiprofissional no Estado do Ceará, expondo o Projeto Político-Pedagógico (PPP) deste programa, discutindo as atividades, ações, potencialidades e desafios do ensino em serviço no SUS e as implicações desta experiência no processo formativo do profissional de saúde.


Metodologia
A metodologia utilizada será o relato de experiência, a partir da sistematização proposta por Holliday (2006), com a interpretação crítica do processo vivido pelo sujeito, partindo da aprendizagem pela prática. O presente relato consiste na experiência vivenciada na 2ª turma do Programa de Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (RIS-ESP/CE), durante o período de 2014-2016, na ênfase de Saúde Mental Coletiva.


Resultados
A EPS na busca por transformar a prática profissional, tendo como pressupostos a integralidade, a responsabilidade sanitária e a resolutividade, tem, dentre as suas ações, a RAPS, modalidade de pós-graduação lato sensu, regulamentada através da Lei 11.129/2005. A RIS-ESP/CE tem seu currículo constituído por macrocompetências técnicas, políticas e humanas. O campo das técnicas é vivenciado a partir da formação teórica, com os módulos produzidos pelo corpo docente do programa, a aprendizagem a partir das práticas e o conhecimento apreendido pelas relações com o território, usuários, profissionais e militantes, tendo por base temas transversais e temas específico do campo e do núcleo. A dimensão humana a partir da realização de atividades nos CAPSs e fora de seus muros e do empoderamento político como potência de prática. E no campo político, através das relações, encontros, saberes e práticas que forma e transformam atitudes, a partir da problematização e criticidade do olhar.


Análise Crítica
Dentre os campos de análise crítica realizada a partir da vivência estão: 1)Papel pedagógico do SUS e a docência em serviço; 2) O desfinanciamento do SUS, e em especifico das RAPSs e suas implicações para o processo formativo; 3) Os contrastes entre a teoria e a prática dos temas transversais, como: colaboração interprofissional, intersetorialidade, integralidade, território, direitos humanos e movimentos sociais; 4) A garantia da implementação da Rede de Atenção Psicossocial e a luta diária por sua efetivação; 5) Os processos formativos que temos e o que queremos; e 6) Implicações nos usuários, serviços, território e fortalecimento político. Compreendendo que em todos estes campos há potencialidades e desafios a serem discutidos, a perspectiva é de criticidade ao processo formativo o qual os profissionais de saúde vivenciam a partir da RAPS, como forma de potencialização da efetivação do SUS no Brasil.


Conclusões e/ou Recomendações
A disputa cotidiana na garantia das Residências em Área Profissional da Saúde enquanto estratégia de Educação Permanente em Saúde para o Fortalecimento do SUS, bem como a necessidade de efetivação de sua implementação, com subsídios para a manutenção e financiamento dos programas, bem como fortalecimentos dos territórios de atuação. Além disto, necessidade de problematização dos tipos e formas de processos formativos que estamos tendo no campo da saúde.


Realização:



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