10/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 12 - Análise Institucional: Contribuições para os Serviços |
11352 - INCENTIVO SOCIOECONÔMICO NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE RAMON CAMPOS CERQUEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, MARIA YANÁ GUIMARAES SILVA FREITAS - UEFS, CARLOS ANTONIO DE SOUZA TELES SANTOS - UEFS/ISC/UFBA
Apresentação/Introdução Este trabalho de iniciação cientifica vinculado ao projeto “Condições de vida, determinantes socioeconômicos e sua relação com adesão ao tratamento e gravidade em duas doenças negligenciadas: tuberculose e hanseníase”, desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Integrado em Saúde Coletiva( NUPISC), da Universidade Estadual de Feira de Santana( UEFS) e Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia ISC/UFBA. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que representa um grave problema de saúde pública. Ela é uma doença negligenciada, acometendo, em especial, pessoas de baixa renda. Como a Tuberculose é uma doença de caráter social, toda essa preocupação quanto a infecção, doença, questões socioeconômicas e adesão ao tratamento são pertinentes para que se interrompa a cadeia de transmissão. Mas, se não houver planejamento, execução de ações que minimizem a pobreza, mais pessoas irão se infectar, aumentando os índices de morbidade e mortalidade. Diante dessa situação, surge a importância dos incentivos sociais, que devem contribuir de maneira que minimize a precariedade socioeconômica em que vive o doente e aumentar a adesão ao tratamento.
Objetivos Identificar a relação entre incentivos sociais e adesão ao tratamento da Tuberculose em Feira de Santana – BA.
Metodologia Foi realizada uma coorte prospectiva de pacientes com TB pulmonar residentes em Feira de Santana – BA, notificados e que iniciaram o tratamento em 2014 e 2015. A população foi os casos novos de tuberculose pulmonar matriculado no programa de controle da tuberculose de Feira de Santana, que funciona no Centro de Referência Especializada Dr. Leone Coelho Leda, tendo esses pacientes maiores que 18 anos A fonte de dados foi um questionário contendo informações de identificação, socioeconômicas, hábitos de vida, comorbidades e sobre o recebimento de incentivos socioeconômico. Na análise exploratória foi avaliado a distribuição das variáveis discreta e contínua; As características clínicas e sócio demográficas foram utilizadas como descritoras da população do estudo. Os testes de chi quadrado e T de student foram empregados para avaliar diferenças entre subpopulações, para variáveis categóricas.
Discussão e Resultados Dos participantes da pesquisa 7 (28%) possuíam entre 18-29 anos, 16 (64%) possuíam entre 30-59 anos.Quanto ao sexo 14 (56%) do sexo masculino. Sobre a escolaridades 18 (72%) pessoas, não possuíam escolaridade, ou possuíam ensino fundamental incompleto. Em relação ao hábito de fumar, 16 (64%) jamais fumaram, 7 (28%) consideraram-se ex-fumantes; os participantes afirmaram 1 (4%) ser estudante, 16 (64%) estarem desempregadas;quanto ao recebimento de incentivo social 10 (40%) recebiam auxílio governamental. Com a pesquisa, verificou-se um grande número de casos de pacientes de tuberculose que possuem sexo masculino, com idade entre 30-59 anos, baixa escolaridade, classe econômica baixa, desempregado, solteiro, negro, menor número de cômodos em casa; e que é de extrema importância a pessoa ser beneficiária de auxílio governamental para ajudar na adesão ao tratamento. Observa-se estreita relação da Tuberculose com baixas condições socioeconômicas
Conclusões/Considerações Finais Assim, é de extrema importância que o governo em parceria com os serviços de saúde procure maneiras que venham a aumentar ainda mais a adesão ao tratamento, visto que muitas pessoas abandonam o tratamento. Os benefícios sociais atuam possibilitando aumento na adesão, além de promover , mesmo discreto, melhoria na condição socioeconômica. Vale salientar que os dados são preliminares.
|