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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 12 - Análise Institucional: Contribuições para os Serviços

12012 - A ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA: PROCESSO DE TRABALHO RUMO À INCLUSÃO SOCIAL
SONIA BARROS - USP, LUÍS EDUARDO BATISTA - USP, NAIARA GAJO SILVA - USP, ANAÍSA CRISTINA PINTO - USP, JUSSARA CARVALHO DOS SANTOS - USP, LAÍS MARIANA DA FONSECA - USP


Apresentação/Introdução
A estratégia da saúde da família (ESF) objetiva reorganizar a atenção básica, de modo a favorecer o processo de trabalho. Almeja uma resolutividade que gere impacto na situação de saúde da população, engendrando uma relação de custo-efetividade. Nos últimos anos, a ESF tem assumido o cuidado de transtornos mentais leves. Nesse sentido, o Ministério da Saúde recomenda que as ações de saúde mental sejam realizadas no contexto do usuário dos serviços. Deste modo, a ESF se mostra como uma potencialidade no atendimento à saúde mental. A inclusão da saúde mental no escopo da ESF implica mudanças nos processos de trabalho da equipe, assumindo como objeto de trabalho a população adscrita em um determinado território. Os instrumentos de trabalho devem ser coerentes com as propostas da atenção psicossocial e da atenção primária em saúde. A principal proposta da atenção psicossocial é a inclusão social da pessoa com doença mental, inclusive no contexto da atenção primária, contudo, os profissionais ainda enfrentam dificuldades para o seu desenvolvimento. Isto posto, pode-se apreender inclusão social como uma transformação da sociedade, que busque a mudança de mentalidades, leis, serviços e da vida social.


Objetivos
Diante disso o objetivo desse estudo é analisar o processo de trabalho em saúde mental na Estratégia Saúde da Família considerando como finalidade a inclusão social da pessoa com transtorno mental.



Metodologia
Estudo de abordagem qualitativa cujo cenário foram quatro unidades básicas de saúde do município de São Paulo, que possuíam equipes de ESF e a amostra foi composta por 92 profissionais de saúde. A análise dos dados foi realizada por intermédio do software Analyse Lexicale par Contexte d’um Ensemble de Segments de Texte (ALCESTE), um software de análise qualitativa, por meio da contagem dos radicais das palavras. Para maior rigor, foi realizada a análise de conteúdo temática em conjunto a análise léxica realizada pelo programa, a fim de identificar regularidades. Foram geradas sete classes a partir da análise do ALCESTE, sendo analisadas as classes 1, 4, 5, 6 e 7 resultando em quatro categorias analíticas, demominadas: 1. Identificação da necessidade de cuidado em Saúde Mental; 2. Ações e intervenções em Saúde Mental; 3. Treinamento em Saúde Mental; 4. Inclusão Social.


Discussão e Resultados
1. Identificação da necessidade de cuidado em Saúde Mental: são feitas por outro profissional ou vizinho, além de diagnóstico médico; sinais e sintomas de comportamento; escuta profissional ao usuário do serviço e visita domiciliaria.
2. Ações e intervenções em Saúde Mental: consulta compartilhada com o NASF, visita domiciliaria, atendimento individual, cuidados físicos e estabelecimento vínculo.
3. Treinamento em Saúde Mental: Alguns profissionais relataram que tiveram palestras sobre saúde mental no serviço, outros, apenas durante sua formação acadêmica. A falta de capacitação no serviço pode prejudicar a identificação dos problemas de saúde mental e dificultar a demanda de atendimento e intervenções, bem como o alcance da inclusão social.
4. Inclusão Social: a inclusão social da pessoa com doença mental ainda não é uma realidade por diversas razões, dentre elas: o estigma da doença mental. Ainda assim, ela é reconhecida pelos trabalhadores como uma das finalidades do processo de trabalho na UBS.



Conclusões/Considerações Finais
Existe uma série de limitações no processo de trabalho em saúde mental na Estratégia Saúde da Família no sentido de promover a inclusão social das pessoas com transtorno mental, apesar disso, reconhece-se como avanço que a inclusão social seja compreendida como uma das finalidades do trabalho na ESF. Faz-se necessário maior investimento dos gestores no sentido de atualizar os trabalhadores da ESF no desenvolvimento de competências para maior responsabilização acerca dos problemas de saúde mental da comunidade e melhor uso do território, com vista para o combate ao estigma


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