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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 16 - Corpo, Cuidado em Saúde, Identidades e os Marcadores da Diferença

11499 - SENTIDOS MASCULINOS ATRIBUÍDOS AO EXAME DE TOQUE RETAL PARA O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE PRÓSTATA
NADHAB VIDAL SILVA - UFRB, FRAN DEMÉTRIO - UFRB, EMANUELLE SOUZA OLIVEIRA FERREIRA - UFRB, RAMON BERNARDO SANTOS DOS SANTOS - UFRB, ADRIELY DA SILVA MENDES - UFRB, DANIELA SANTOS DE JESUS - UFRB


Apresentação/Introdução
O número de homens com câncer de próstata vem crescendo vertiginosamente bem como o número de mortes em decorrência do diagnóstico tardio desta neoplasia. Clinicamente, por meio de exames prostáticos como o PSA (Antígeno Específico Prostático) e o exame de toque retial é possível detectar a
doença em seu estado inicial, evitando seu avanço e consequente deterioração do corpo masculino. A realização desses exames, principalmente, o exame de toque retal, é clinicamente recomendada para homens adultos a partir de 40 anos de idade. No entanto, existe uma construção social que culmina na resistência masculina à realização deste procedimento por conta da sua associação com a violação ou ameaça à masculinidade. Dessa forma, emerge a necessidade de pensar novas estratégias em saúde que sejam acolhedoras e humanizadas à reconstrução do olhar masculino sobre o exame de toque retal, bem como à correção de fragilidades da política governamental
voltada à saúde do homem.


Objetivos
O objetivo desse trabalho foi conhecer e analisar os sentidos masculinos atribuídos ao exame de toque retal e como as construções sociais influenciam no estabelecimento desses sentidos.


Metodologia
Trata-se de estudo com abordagem qualitativa, desenvolvido com homens usuários de uma Unidade de
Saúde da Família do município de Santo Antônio de Jesus, Bahia. Utilizou-se a técnica de entrevista em profundidade na produção dos dados. Entrevistaram-se 15 homens cisgêneros heterossexuais, com idade igual ou superior a 40 anos, que realizaram o exame de toque retal. Para a ancoragem teórica recorreu-se à literatura sobre masculinidades, gênero, saúde e sexualidades.


Discussão e Resultados
Segundo os homens que realizaram o exame de toque retal, os sentidos sobre o exame perpassaram pela resistência em relação ao procedimento médico de toque retal, pois este foi associado à condição sexual passiva. Percebeu-se também que estes homens só realizaram o exame de toque retal após a manifestação de sintomas, e por temerem o desenvolvimento do câncer e o comprometimento dos
valores que cercam o corpo masculino como a força, o vigor sexual e a invulnerabilidade.


Conclusões/Considerações Finais
Para os homens desse estudo, a realização do exame de toque retal foi marcadamente atravessada por aspectos socioculturais, em especial aqueles relacionados com a cultura da masculinidade hegemônica. Diante desses achados, torna-se fundamental a ampliação do conhecimento dos profissionais e gestores de sáude sobre as relações entre gênero e saúde, atrelada à busca por estratégias acolhedoras e humanizadas à reconstrução e ressignificação do olhar masculino sobre o exame de toque retal e o cuidado em saúde. Afinal, a realização desse exame, para além de um simples toque numa estrutura anatomofisiológica é, sobretudo, um toque nos aspectos simbólicos masculinos, podendo deixar
arranhaduras.


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